
Por Marcio Rocha – Jornalista e Cientista Econômico
O resultado das eleições de domingo levaram ao entendimento geral de que as pesquisas realizadas no estado erraram os resultados, principalmente no que diz respeito ao Senado Federal. Nenhum instituto apontou a vitória de Laércio Oliveira no pleito, sempre o colocando em terceiro ou quarto lugares. Então, por que é que digo que continuo confiando nas pesquisas eleitorais?
Porque as pesquisas quando não acertam precisamente, nos fazem entender o cenário que está desenhado no momento e as pesquisas do ECM – Cinform foram as mais precisas no que diz respeito a isso, para a eleição do Senado. Pude através delas, compreender o panorama que se desenhava no processo eleitoral e tracejar alguns rabiscos e pequenos cálculos para nortear o que iria advir no dia 02 de outubro. Foram as pesquisas feitas de forma ética pelo Cinform, que me levaram ao conhecimento do potencial de vitória de Laércio na eleição de ontem, o que claramente pude perceber duas semanas antes do pleito.
Como isso aconteceu? Todos os candidatos com maior força tinham percentuais bem enraizados, o que inclusive configurava o clima de “já ganhou” para dois dos quatro principais candidatos. Contudo, um historiograma das três pesquisas que estudei, com um intervalo de tempo considerável entre cada uma delas, me fez perceber onde havia o crescimento da candidatura de Laércio para senador, culminando na análise final indicativa que ele venceria a eleição. Inclusive, a diferença de votos entre Laércio e Valadares Filho, segundo colocado ficou dentro da margem que havia calculado como parâmetro final do resultado.
Confio em institutos sérios de pesquisas, aquele que trazem o panorama real do pensamento social e que fazem um trabalho coerente na ilustração do status filosófico e político da sociedade em suas mais variadas castas. E o ECM – Cinform provou isso nos números, variações, dados, frequências, distribuição e resultados apresentados. O Cinform foi muito importante para entender que Laércio sairia vencedor da disputa.
Todos os cenários, à exceção do primeiro, apontavam empate técnico entre os quatro principais nomes da maior disputa eleitoral para o Senado da República, da história de Sergipe. Nomes bons, pessoas competentes e com grande potencial político, que fizeram uma disputa marcada pela galhardia, ética e responsabilidade com propostas e apresentações de ideias que fossem realmente viáveis para a população. Sergipe escolheu seu representante e desde que pude fazer o cruzamento dos dados, sabia que seria Laércio. No quadro de empate, generalizado, qualquer um poderia vencer, isso é fato.
Entretanto, as subvariantes das pesquisas devem ser consideradas e o método comparativo é o mais prudente a ser feito para que entendamos o que se passa na cabeça do eleitor, como ele está pensando, se comportando e tendências de mudança. Nestas subvariantes que pude perceber o crescimento avassalador de Laércio nas últimas três semanas do certame. Repito, há duas semanas, havia compreendido que ele seria vencedor e isso me trouxe mais confiança em sua eleição.
Enquanto os líderes apresentavam variação aritmética, Laércio estava em crescimento geométrico diante dos seus competidores, a última semana somente, que seria que evolução aritmética, sendo esta a variação que gerou a cognição necessária para informar que o pleito seria vencido por ele. Então fica claro que o ECM – Cinform traçou o panorama mais confiável do processo de escolha do representante do povo para o senado. O que reforça a confiabilidade das pesquisas eleitorais, que ajudam a entender o cenário político e como agir diante da indefinição populacional. Sem dúvida, foi a maior eleição senatorial da história de Sergipe, disputada palmo a palmo em muitos momentos, mas com uma vitória previsível, graças a um trabalho eficiente de um instituto sério de pesquisas.