Após ser ouro nos 5km e bronze nos 10km, Ana Marcela Cunha conquista mais um ouro, desta vez na prova de 25km de águas abertas, no 19° Campeonato Mundial, em Budapeste. Com o resultado, a brasileira chega ao pentacampeonato mundial na categoria e à 15.ª medalha em mundiais. Com este pódio, ela se iguala à holandesa Edith van Dijk como maior medalhista mulher da história das provas de águas abertas em Campeonatos Mundiais.

Ela venceu a maior prova de águas abertas femininas em mundiais todas as vezes que disputou, desde 2011. A baiana, que já havia vencido a prova de 25km nos Mundiais de Esportes Aquáticos de Xangai, em 2011, de Kazan, em 2015, de Budapeste, em 2017, e de Gwangju, em 2019, repetiu o feito na capital da Hungria. Além dos cinco ouros nos 25km, a maratonista soma outros dois ouros nas provas de 5km.

A 15.ª medalha em mundiais de Ana Marcela veio na batida de mão. Ela nadou o tempo todo no primeiro pelotão e alcançou a última boia nadando na frente, chegando a abrir um corpo de vantagem das rivais. Mas nos 20 metros finais, a alemã Lea Boy e a holandesa Sharon van Rouwendaal encostaram e a disputa foi na batida de mão. Lea Boy terminou em segundo, com 5h24min15seg20, e Sharon Van Rouwendaal, em terceiro com 5h24min15seg30.

A vitória desta quinta-feira teve uma dificuldade extra, porque a prova foi disputada um dia depois dos 10 quilômetros. Normalmente o programa prevê cinco dias de descanso entre uma prova e outra, com o revezamento 4×1,25km no meio. Em Budapeste a prova por equipes foi a primeira a ser disputada, sem a presença de Ana Marcela.

“Eu não esperava vencer no começo da prova. Controlei as dores, fiz a melhor prova que pude e tentei economizar energia. O querer faz muita diferença. Pouca gente que estava na prova hoje sabe dar a volta por cima, como eu dei na vida. Muita coisa eu aprendi. Soube ter sangue frio, e esperar o momento certo. Conheço minhas adversárias pela simples braçada que cada uma dá, ou pela careta que elas fazem. Consegui colocar dentro da água tudo o que treinamos”, avalia Ana Marcela, que acrescenta: “São mais de cinco horas de prova e tem que ter paciência para tomar as melhores decisões”.

A pentacampeã do mundo diz que aprendeu muito com suas “quedas” e que a rivalidade com suas adversárias é saudável e faz o esporte crescer. Também preferiu evitar comparações pelo número de títulos e afirmou que seu desempenho nas águas é fruto de trabalho em equipe:

“Em cada queda aprendi, cada prova ruim eu sempre sai de cabeça erguida para não errar novamente. Eu não quero ser comparada a ninguém, quero ser lembrada como a Ana Marcela e escrever minha história. Tem um caminhão de gente por trás, eu só sou a motorista. Agradeço a todos que trabalham conosco. Tudo faz diferença.”

Com essas 15 medalhas, Ana Marcela se iguala, no total, à holandesa Edith van Dijk, que foi ao pódio em Mundiais entre 1998 e 2008. Em número de vitórias, a liderança é da russa Larisa Ilchenko, que tem oito de ouro, sendo cinco nos 5km e três nos 10km, a distância olímpica, em 2006, 2007 e 2008. Ana tem o tabu de nunca ter vencido os 10km em Mundial, ainda que tenha sido campeã olímpica em Tóquio-2020.

 

 

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