É preciso ficar bastante atendo para as palpitações no coração, dor torácica, fadiga, cansaço, pré-síncope ou sincope (desmaio) durante algum esforço ou logo após. Estes podem ser sintomas da Cardiomiopatia Hipertrófica, uma doença hereditária que consiste na hipertrofia das paredes do coração com substituição das fibras musculares por tecido fibroso, que pode gerar arritmias e morte súbita em alguns casos. Segundo a médica cardiologista Dra Thais Carvalho, o paciente também pode ser assintomático, ou seja, não apresentar nenhum sintoma da doença.

A cardiologista explica que o diagnóstico é feito por uma conjunção de fatores, como a presença de histórico familiar da doença, complementado pelo Ecocardiograma, que mostra a presença da hipertrofia ventricular, avalia o funcionamento do coração, verifica a presença de obstrução intracardíaca, a anatomia da válvula mitral, entre outras. “Essas alterações ecocardiográficas são complementadas pela ressonância nuclear magnética, que mostra, principalmente, o percentual de fibrose miocárdica, que se constitui em fator de risco importante para morte súbita”, explica.

  Foi o que aconteceu com a irmã da auxiliar de serviços administrativos Helena Joenilza Costa Santos. Ainda bastante jovem, aos 28 anos, sem apresentar nenhum sintoma e indicação, ela teve uma morte súbita em 2008. Os desmaios frequentes e uma arritmia a fizeram buscar ajuda médica. E foi através de um Eletrocardiograma que ela descobriu uma Cardiomiopatia Hipertrófica. Com o diagnóstico, os médicos sugeriram que os irmãos também fizessem o exame, e Helena, que também tinha os mesmos sintomas, acabou descobrindo a mesma doença que tirou a vida da sua irmã.

“Foi uma grande perda para a família, nós sofremos muito, e eu, que tinha o mesmo problema que ela, fiquei bastante angustiada e comecei a procurar respostas para saber o que tinha acontecido. Fui em busca de médicos e consegui a indicação de um Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI). Em 2013 eu fiz a cirurgia, ocorreu tudo bem, e já estou no meu segundo aparelho, e feliz porque o que podia ser feito foi feito, não desejo que nenhuma família passe o que a gente passou, uma tristeza muito grande, perder uma pessoa sem nenhum tipo de aviso”, disse Helena.

 Tratamento

Dra Thais Carvalho explica que o tratamento se dá, inicialmente, com medidas preventivas como: evitar desidratação, restrição de prática de exercício físico intenso e recomendação individualizada de nível de atividade física para cada paciente. “A medicação principal são os beta bloqueadores, com o objetivo da redução de sintomas e diminuição de arritmias cardíacas.  A fibrilação atrial é uma arritmia relativamente comum em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica, sendo marcador de mau prognóstico”, comenta.

“As opções terapêuticas constituem-se, principalmente, do implante de CDI, que é um tipo de marcapasso que detecta a presença de arritmias potencialmente fatais e as reverte. Ainda podem ser indicados a ablação com álcool do septo ou a miectomia, que tem, ambos, o objetivo de remoção do músculo cardíaco hipertrofiado, aliviando os sintomas dos pacientes”, disse.

Segundo a cardiologista, as complicações da Cardiomiopatia Hipertrófica são: morte súbita, arritmia cardíaca, insuficiência cardíaca e Acidente Vascular Cerebral (AVC).  É importante o rastreio familiar, pois como a causa da doença é genética, os parentes próximos devem ser avaliados pela possibilidade de herdar a doença.

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