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Os sergipanos estão se divertindo na semana mais esperada do ano para a grande maioria dos brasileiros: o período do carnaval. Entretanto, os dias de folia necessitam de cuidados para que não se tornem um problema. A quantidade de blocos de rua e festas trazem em seu histórico diversos casos que envolvem lesões musculares ou agravamento de lesões prévias, independente de sedentarismo.
Para Rafael Gonçalves, médico ortopedista pediátrico e especialista em traumatologia, é considerável o aumento na procura por ortopedistas durante e após o período carnavalesco. “O carnaval traz consigo uma euforia que, sem dúvidas, exige muito do nosso corpo. São dias onde todos estão expostos nas ruas, à quedas, lesões mais comuns como o entorse, assim como também, maiores gravidades, a exemplo dos acidentes de carro, uma vez que no Brasil ainda é frequente o consumo de bebida alcoólica por motoristas. O que eu gosto de alertar aos foliões é que também planejem a escolha do seu calçado com o mesmo cuidado que escolhem as fantasias e modelos de abadás, pois o calçado confortável faz toda diferença”, pontua o profissional.
Sobre a escolha do calçado ideal para os dias de festa, o médico reforça: “o sapato não deve ser nem apertado, tampouco folgado, que fique ‘sambando no pé’, por isso cito sempre como exemplo o tênis, pois além de amortecer impactos, ele protege os pés e a única preocupação seria em caso de contato com água, pois há chances de dermatites. Mas o folião tirando o tênis ao chegar em casa, deixando-o secar, tudo está novo para o dia seguinte. Aproveito para reforças para as mulheres, o perigo do salto alto, ele favorece o entorse do tornozelo, além de lesões no joelho e em caso de hérnias de disco, pode agravar o quadro”, esclarece.
No carnaval de 2019, o psicólogo Rodrigo Vasconcelos passou por um susto ao descer de uma van para iniciar o percurso de um bloco: “se tem uma coisa que ninguém está atento durante a folia, é onde está pisando. Parece até piada, mas não é. Ano passado ao descer do carro para curtir um bloco de carnaval, meu pé direito torceu completamente por causa do desnível de uma calçada, procurei os vendedores ambulantes, coloquei gelo e segui na diversão. O que eu não esperava é que depois dali nasceriam diversos problemas. Além de ter rompido um ligamento, a compensação do peso do meu corpo originou dores insuportáveis na lombar. Até hoje sinto dores e sei que devo iniciar um tratamento do zero”, declara o folião.
Assim como citado pelo médico Rafael Gonçalves, as lesões mais comuns como o entorse (lesão dos ligamentos articulares) de tornozelo e joelho, e o estiramento muscular da coluna cervical, são aspectos bem pontuados nas unidades de saúde neste período. E, para evitar esses perigos, o especialista destaca: “a atividade física sempre irá preparar nosso corpo para o melhor condicionamento possível, mas é preciso ter cuidados simples e rotineiro nos dias de folia, a exemplo dos alongamentos. E, em caso de acidentes, não pensem duas vezes! Procurem uma unidade médica de saúde, nada de automedicação ou imobilização por conta própria”, conclui.