A Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), atua, diariamente, para resgatar animais das vias públicas da cidade, proporcionando bem-estar e segurança, tanto à população, quanto aos próprios animais. Aliado a essa atividade está o atendimento médico veterinário que é realizado após a apreensão do animal ou, ainda, no local onde foi encontrado, dependendo da condição do bicho.
A gestão municipal atua para garantir cuidado ao animal, bem como diminuir o stress e os traumas sofridos. Por isso, cada bicho é manejado e tratado respeitando suas particularidades, como comportamento, estado físico, idade e sexo. Os animais recebem tratamento adequado e alimentação de boa qualidade: feno, capim de corte, farelo e sal mineral.
O médico veterinário do Centro de Apreensão, Iardlei Santa Rita, explica que todos os animais acolhidos pela equipe da ronda, em sua maioria equinos e bovinos, passam por uma avaliação assim que chegam ao espaço.
“Quando descem do caminhão, todos os animais são devidamente identificados, examinados e separados. Os sadios seguem para o curral de espera onde são monitorados, diariamente, até que os proprietários venham resgatá-los ou o mesmo entrem para a adoção. Os mais idosos, éguas prenhes e com potros pequenos são encaminhados para outro espaço no Centro, no intuito de evitar acidentes. Já os enfermos e magros ficam no curral de tratamento até que se recuperem”, aponta Iardlei.
Existem situações em que os animais são encontrados muito debilitados com quadro de desidratação, desnutridos ou com algum tipo de doença. Diante desse panorama, a equipe oferece todo o suporte para que o animal recupere suas funções vitais, como o uso de fluidoterapia (soro), para que ele tenha condições de ser transportado até a sede do Centro de Apreensão.
Além disto, quando são resgatados por seus donos ou adotados, a equipe também orienta seus tutores com todas as informações para que deem continuidade ao tratamento. Desta forma, se um animal passou ou está em terapia, é feita uma ficha clínica onde se encontram os dados (sexo, raça, idade), protocolo adotado e drogas administradas, bem como fotos que registram o estado do animal.
Ainda de acordo com o médico, nem sempre é possível recuperar as condições físicas do animal e a eutanásia tem que ser adotada.
“Quando somos acionados para esse tipo de atendimento de urgência, seja no Centro de Apreensão ou em via pública, o último recurso é a eutanásia. Infelizmente, alguns animais são abandonados em situação terminal e quando somos chamados já se passaram 3 a 4 dias. Daí, por mais difícil que seja tomar essa decisão, este procedimento é o único meio que evita o sofrimento prolongado deles. É a pior situação. Não só para mim, mas toda a equipe”, lamenta Iardlei.
Adoção
Transcorridos 15 dias, após a captura, se o tutor não fizer contato para resgatar o animal, automaticamente, o Centro cuida para viabilizar a adoção daqueles que estão sadios.
Um critério estabelecido para que seja disponibilizada a adoção é que o interessado em adotar não seja residente de Aracaju e municípios que circundam a capital (São Cristóvão, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro). Outro ponto é que o interessado seja produtor rural do interior, pois os animais deverão ser usados na lida com a terra e não mais para exploração (mecanismo de transporte de pessoas e objetos).
Seguindo esses critérios, o pretendente à adoção, munido de documento de identificação (RG e CPF) e comprovante de residência do interior, dá entrada no protocolo de adoção, na Diretoria de Espaços Públicos e Abastecimento (Direpa) da Emsurb, e aguarda o contato das equipes, que será feito quando houver um animal disponível.
A Direpa fica localizada dentro do Parque da Sementeira, na avenida Jornalista Santos Santana, bairro Jardins.

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