De forma natural crianças são alfabetizadas em duas línguas
Não há dúvidas que falar mais de um idioma é uma diferença no currículo grande, o inglês, língua mais procurada na hora de aprender um idioma é falado em cerca de 53 países. Com esse pensamento muitos pais têm buscado o ensino de idiomas desde cedo através das escolas bilíngües onde as crianças são alfabetizadas em português e inglês.
A médica Sandra Kelly escolheu uma escola bilíngüe para seus dois filhos Jorge de 13 anos e Catarina de 11 anos para dar uma opção de ensino diferente e moderna, hoje Sandra observa diferenças positivas no desenvolvimento das crianças.
“Eu vejo que meus filhos têm uma desenvoltura muito boa com relação à linguagem, eles aprenderam o inglês e o português de uma maneira muito simples, eles não traduzem, é muito natural, eles sabem duas línguas, além de não ter vergonha de se apresentar em público tanto inglês quanto em português. E isso quando eu estudava eu tinha pavor e notava em mim e em outros colegas”, explica.
A coordenadora acadêmica de inglês, Allessandra Elisabeth, da Maple Bear explica o conceito de uma escola bilíngue. “Uma escola bilíngue é diferente de um curso de idiomas, a diferença primordial é que as crianças que entram aqui, a partir dos dois anos de idade, convivem com o idioma de forma natural, como se elas estivessem em um outro país de língua mãe inglês e precisam do idioma como ferramenta de comunicação”, comenta.
Na Maple Bear dos dois anos de idade aos quatro, as crianças aprendem 100% em inglês. Aos cinco anos de idadea língua portuguesa é inserida no dia a dia da criança e a partir do ensino fundamental 1, acontece uma divisão nas línguas, 50% das matérias são ensinadas em português e 50% em inglês. “Português, história, geografia e educação física são dadas em português, já as disciplinas de EnglishLanguageArts, ciências e matemática são dadas em inglês e aí é inglês mesmo, não tem tradução”, destaca Allessandra.
Independência
A coordenadora explica que as crianças aprendem a aprender devido à metodologia da escola. “A metodologia daqui é baseada no sistema de educação canadense, que foca muito em desenvolver a autonomia da criança, o pensamento crítico e a sua habilidade de solucionar problemas. Trabalha-se muito com metacognição, ou seja, você está o tempo todo pedindo para a criança refletir sobre o que está aprendendo”, explica.
A médica, Sandra Kelly, observa que as crianças são independentes e desenvoltas, podendo se virar em qualquer lugar ou intercâmbio que futuramente resolvam fazer. “Eu também percebo nas crianças o anseio para conhecer o mundo, pra eles o mundo não é só Aracaju, não é só a escola. O que eles querem é sair conhecer o mundo, eles não tem esse medo, de ver o mundo globalizado, com todas as diferenças. Eu creio que é o ensino, a linguagem favorece muito isso”, destaca.
A coordenadora explica que o modelo de centros de aprendizagem permite que os professores tenham um contato mais direto e personalizado com o aluno. “Nós trabalhamos com centros de aprendizagem, o que permite que o professor trabalhe com um número pequeno de alunos, e assim, explique, modele e acompanhe o processo ensino aprendizagem da criança mais de perto. Então o aluno faz junto com o professor e depois senta e vai fazer a atividade no livro, por exemplo,saindo do concreto para o que a gente chama de abstrato”.
Quanto mais cedo a adaptação com a língua inglesa melhor, segundo a coordenadora, para ela as crianças mais novas são como “esponjas” e aprendem rápido e de maneira natural. “Até seis anos de idade a criança entra na escola e vai compreendendo aos poucos, é uma questão de adaptação, facilitada muito pela rotina das aulas,os recursos visuais utilizados, além do uso de linguagem corporal, então a criança acaba entendendo e consegue se desenvolver naturalmente nesse ambiente de imersão do idioma. A partir do segundo ano é preciso que sejam avaliadas as habilidades de compreensão e produção do idioma para não atrapalhar o aprendizado uma vez que 50% das aulas são em inglês”.