O dia 24 de abril marca o Dia Mundial contra a Meningite, data que serve de alerta para a importância de prevenir e tratar, com o objetivo de minimizar os óbitos e sequelas pela doença. Anualmente, no mundo, mais de cinco milhões de pessoas adoecem pela meningite, e s cada dez, um morre pela patologia e outros dois apresentam sequelas.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2007 e 2020, foram notificados 393.941 casos suspeitos de meningite no Brasil. Dos 265.644 casos confirmados, de várias etiologias, as duas de maior frequência foram: meningite viral, com 121.955 casos, seguida da etiologia bacteriana, que apontou 87.993 casos nesse período.
A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), atua no trabalho preventivo, por meio da oferta da vacina Meningo C (indicada aos três meses, tendo como segunda dose e o reforço, aos cinco e 15 meses, respectivamente), e a Meningite ACWY, que previne contra as bactérias do tipo A, C, W e Y, indicada para adolescentes com 11 e 12 anos.
Ambas são ofertadas com regularidade pelo SUS Aracaju, durante todo o ano, nas Unidades Básicas de Saúde. Segundo dados do DataSus, em Aracaju, nos últimos dois anos, foram aplicadas 45.092 doses da vacina Meningocócica Conjugada, sendo 25.941 aplicadas em 2019 e 19.151 no ano passado. Comparando os dois períodos, registra-se uma queda de 26% na procura pela vacina contra meningite.
Este ano, até o momento, foram aplicadas 301 doses, considerando as vacinas ofertadas pelo SUS que previnem a doença. “A meningite é uma infecção do sistema nervoso central, que pode levar a criança a óbito ou a uma sequela neurológica grave. E a vacina contra a meningite tem uma eficácia muito boa de não desenvolvimento da doença. A pessoa entra em contato com a doença, mas pelo arcabouço formado pelo sistema imunológico, não se tem o desenvolvimento. Então é de extrema importância que os pais mantenham esse calendário atualizado, para evitar um problema muito grave no futuro”, orienta o coordenador do serviço pediátrico da SMS, William Barcelos.
Dados do Ministério da Saúde apontam ainda que, após a introdução da vacina Meningocócica C (conjugada), o coeficiente de incidência da doença meningocócica caiu de 1,5 caso por 100 mil habitantes (entre 2007 e 2010), para 0,4 caso/100 mil habitantes (entre 2017 e 2020).
Já com relação à meningite pneumocócica, antes da vacina (entre 2007 e 2009), os casos registrados entre crianças menores de cinco anos representavam 34% do total. Após a introdução da vacina, entre 2011 e 2020, o índice da doença nesse grupo reduziu para 17%.
Diagnóstico
De acordo com o médico William Barcelos, entre os tipos de meningite, as mais comuns são a viral e bacteriana, que são possíveis de prevenir através das vacinas ofertadas pelo SUS. Em ambos os casos, os sintomas são muito parecidos, entretanto, a meningite viral, normalmente, costuma ser mais branda, podendo apresentar febre, dor de cabeça, vômito em jato, que é quando a pessoa não está com náusea e de repente vomita, e certa sonolência.
Já a meningite bacteriana se caracteriza como mais agressiva, e além desses sintomas, pode causar queda de pressão, que resulta num rebaixamento de nível de consciência importante, sendo muitas vezes necessário até passar por intubação. Em ambos os casos, também nota-se a rigidez na nuca, e se torna incômodo colocar o queixo no peito.
 
Tratamento
Na rede de saúde da capital, pessoas com sintomas suspeitos de meningite devem buscar atendimento no serviço de urgência e emergência, ofertados nas Unidades de Pronto Atendimento Fernando Franco e Nestor Piva.
“Lá, será feita uma anamnese, principalmente com relação ao cartão de vacina, e pelos sintomas a gente também faz o exame de imagem, tomografia, mas o mais importante é a coleta do líquor. Com um cateter, colocado entre as vértebras, puxamos o líquido que fica circulando nessa meninge. E através do estudo desse líquido, a gente consegue saber qual o tipo, se é bacteriana, viral ou fungíca”, explicou William Barcelos.
O médico alerta que, antes mesmo do resultado o tratamento já é iniciado, por meio de antiobióticos, antivirais e corticoides. “A meningite é uma doença que é tratada intra-hospitalar, a pessoa sempre é interna, por causa do risco de colapso do sistema nervoso. É um tecido muito nobre que não dá para ser tratado em casa, e o internamento segue entre sete ou 14 dias, a depender da evolução”, orientou.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

  • Contagem regressiva para o São João do VIDAM com grandes atrações

    Falta um mês para a melhor festa junina do Nordeste, [...]

  • Grupo Los Apollos segue turnê em prol de Torroio em Nossa Senhora do Socorro e Itabaiana

    Após um grande sucesso em Umbaúba, o Grupo Los Apollos [...]

  • Ricardo Marques orienta população a evitar descarte irregular do lixo em Aracaju

    O vice-prefeito de Aracaju, Ricardo Marques, esteve na Zona Norte [...]

  • Casos de malária no Brasil caem 26% no primeiro trimestre de 2025

    O Brasil registrou uma redução de 26,8% nos casos de [...]

  • Prazo para pedir isenção da taxa de inscrição do Enem termina às 23h59

    O prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição [...]