Há tempos que se fala numa preparação bélica da vizinha Venezuela, quando estava liderando um processo gradual de bolivarianismo na América do Sul, incluindo o Brasil do Partido dos Trabalhadores, aliado
fiel dos finados Hugo Chaves e Fidel Castro e, depois, do confuso Nicolas Maduro.

Hoje, estima-se em 120 mil o número de tropas venezuelanas, sem contar com os membros da famigerada Milícia Nacional Bolivariana, grupamento semelhante às milícias que operam no Brasil, porém devidamente autorizadas pelo governo e que recebem treinamento e armas do próprio exército.

Além disso, existem as tropas de repressão, responsáveis pelo poder de polícia e que se chamam Guarda Nacional, uma organização militar diretamente ligada ao staf do presidente.

Desde os dias de Hugo Chaves, a China e a Rússia enviam equipamentos bélicos para a Venezuela, como helicópteros, aviões e outros materiais, inclusive com treinamento de operadores, pilotos e soldados.

Recentemente, o presidente da Rússia forneceu os quase extintos bombardeiros que transportam mísseis nucleares, os Tupolev TU-160 para treinamento, além de caças Sukhoi-30MK2, que, segundo especialistas, superam os modernos caças americanos McDonnell Douglas F-15E Strike Eagle em poder de fogo e de manobras. Além disso, os russos repassaram à Venezuela sistemas de mísseis antiaéreos e os chineses, radares que permitem estabelecer o que o portal especializado Infodefensa.com descreveu como “o melhor sistema de defesa aeroespacial da América Latina”.

Entretanto, de acordo com um especialista venezuelano consultado pela BBCNews, “há muitas dúvidas sobre a capacidade operacional real do arsenal (da Venezuela), devido à falta de manutenção”, o que sugere falta de peças de reposição e consequente canibalização de muitos equipamentos de guerra.

Ainda segundo o mesmo site, há na Venezuela um verdadeiro festival no generalato, “2 mil generais, número superior ao de todos os países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) juntos”, todos eles com altos salários e seguidores fiéis de Maduro.

Além disso, acredito que a Venezuela, com sua economia combalida, não suportaria a logística de uma guerra, o que envolveria custos bilionários para manutenção de dezenas de milhares de tropas em operação por prazo indefinido, sem falar que as guerras costumam iniciar entre duas nações e, muitas vezes, terminam em conflitos mundiais.

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