As queimadas em algumas regiões do País ganharam um destaque considerável durante as eleições presidenciais de 2022, quando políticos e partidos alinhados com o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como também ativistas e representantes da classe artística, ganharam espaços consideráveis na “grande mídia” para atuarem politicamente, responsabilizando o então presidente Jair Bolsonaro (PL). Até artistas internacionais e o presidente da França se manifestaram publicamente.
Havia, naquele momento, uma espécie de “união de forças” para tentar salvar a Amazônia que estava sendo devastada com incontáveis focos de incêndio. Estabeleceu-se um movimento muito forte para cobrar ações efetivas do governo federal brasileiro, mas, infelizmente, sem Bolsonaro no Poder e com Lula na presidência a impressão que temos é que nada daquilo era realmente prioridade e que muitas daquelas pessoas ou faziam por interesses políticos ou puramente financeiros.
Hoje aqueles mesmos “influenciadores” estão em silêncio e o Brasil de Lula e da ministra Marina Silva está, literalmente, “pegando fogo”! Mas todo aquele movimento em defesa da Amazônia, do Pantanal ou dos canaviais paulistanos não passou de uma grande hipocrisia! Pior são as contradições da ministra Marina Silva, alguém que se predispôs a disputar a presidência da República, mas que hoje, em troca de alguns benefícios e conforto, faz pouco “ruído”.
Marina já chegou a responsabilizar o governo anterior e, mais recentemente, as mudanças climáticas. Os focos de incêndio na Amazônia, por exemplo, já são maiores que 2010 e a tendência é aumentem ainda mais. Enquanto isso a fumaça vai se espalhando por todos os Estados da região Norte e o governo federal não demonstra habilidade para encontrar soluções para as queimadas. O mesmo acontece na região do Pantanal, temos recordes registrados e a nossa gestão de meio ambiente cada dia é mais questionada.
Por conta desses incêndios, usinas hidrelétricas tiveram que ser desligadas na Região Norte, gerando um apagão em Estados como Acre e Rondônia. Além disso, no Estado de São Paulo, parte da população está assustada com inúmeros incêndios nas vegetações, gerando transtornos em diversas cidades, deixando rodovias intransitáveis, deixando a qualidade do ar bastante comprometida. O risco, pelo tempo seco e ventos de pré-frontal, é de que tenhamos um recorde de queimadas na região.
Não custa registrar que, conforme levantamento realizado pela WWF-Brasil, os biomas brasileiros registraram recordes de queimadas nos primeiros seis meses de 2024. Mas, estranhamente, ninguém sabe onde foram parar os partidos e políticos preocupados com a causa ambiental, os técnicos, especialistas e ambientalistas, como também parte da classe artística, visivelmente politizada e que só se movimentou quando para cobrar do governo de Jair Bolsonaro, mas hoje silenciam diante do governo Lula.
Em síntese, temos um “País em chamas” com uma ministra que fala muito e que tem sido pouco efetiva; o cenário é crítico, temos um “corredor da fumaça”, com muitos animais mortos ou feridos. O fato é que a gestão petista continua errando muito e agora já não tem mais o discurso de tentar responsabilizar o governo anterior. Até o setor elétrico entrou em alerta! Uma dura lição para quem prometeu muito em 2022 e, até agora, entregou muito pouco! O governo tem que “arregaçar as mangas” e agir…