Tenho recorrido ao editorial deste semanário para colocar pontos de vista honestamente expostos, embora reconheça que, como qualquer postulado humano, esses pontos não têm a pretensão de serem indiscutíveis. Por isso, permito-me ilustrar de forma pouco ocorrente neste espaço com o gráfico que segue, para mais fácil entendimento do público leitor.
O IAP – Instituto de Acompanhamento de Publicidade foi um órgão paraestatal, ligado à Secretaria de Comunicação do governo federal, que tratava da medição do volume de verbas destinadas à propaganda, e que foi extinto em 2017, com o seu pessoal e o serviço transferidos para outro órgão.
Pelo que se vê acima, peço que os críticos inteligentes reflitam sobre o que motiva grandes redes de televisão e muitos jornais, a maioria dos portais, os sites e as influenciáveis mídias sociais a atacarem, com suspeita fúria, o presidente da República, do qual esperam que reerga em seis meses um país cujo tesouro e suas empresas estatais com os seus fundos de aposentadorias foram impiedosamente espoliados durante 15 anos.
Já com base no portal da transparência, pode ser facilmente verificado no gráfico anterior o expressivo valor de R$12 bilhões de reais pagos à potente televisão Globo entre 2000 e 2014; mais R$3 bilhões, para cada, pagos à Record e à SBT; R$700 milhões destinados à revista Veja e R$400 milhões ao consagrado jornal Folha de São Paulo.
Claro que esses veículos estão transtornados e não vão dar trégua ao governo, mantendo essa queda de braços durante o tempo necessário à recuperação do equilíbrio entre o poder de investimento da União e a capacidade de espera da grande mídia.
No meio desse jogo de interesses, que é altamente justificável para os capitalistas, que investem pesado, mas totalmente perverso para os interesses da sociedade como um todo, que é presa fácil dos mecanismos de manipulação midiáticos, estão o cidadão e a cidadã de bem, o empresário honesto, os que trabalham e produzem riqueza para encher os cofres dos ladrões.