Ao perguntar quem é Marco Pinheiro, a resposta veio de imediato: “so um brasileiro, forrozeiro e sempre gostei de estar envolvido com pessoas, venho de grêmio estudantil e minha ligação com a nacionalidade e a regionalidade é herança do meu pai, que era muito patriota, não perdia um desfile cívico e no final semana gostava de ouvir Luiz Gonzaga”. Esse é o empresário Marco Aurélio Pinheiro, nascido em Ribeirão Pires, no estado de São Paulo e que está com 58 anos bem vividos e vivendo em Sergipe. Tem um grupo de quatro empresas construído ao longo de duas décadas e emprega cerca de mil pessoas, mas que agora quer vencer o desafio de chegar  Assembleia Legislativa. O pai, pernambucano da cidade de Goiana, divisa entre a Paraíba e Pernambuco, enquanto que a mãe é baiana da cidade de Itapecuru, mas a família é toda de Tobias Barreto, a terra das rendas e dos bordados. O pai, diz ele, era muito amigo do Genera Djenal Tavares Queiroz, de quem atendeu o convite para vir morar em Sergipe. Marco Pinheiro lembra que o pai rodava Sergipe todo e era um exímio conciliador. “Onde tinha problema, uma bronca no fisco, meu pai era convocado para resolver”, diz orgulhoso. Viveu em Itabaiana num dos momentos mais críticos, justamente por conta da morte de Euclides Paes Mendonça. Entretanto, Marco Pinheiro diz que a família não passava mais de um ano no local. O período que passaram mais tempo foi em Itabaiana, por sinal onde nasceram dois irmãos. “Sempre marquei quadrilha, sempre envolvido em grêmio estudantil e fui o fundador da liga de quadrilha junina de Sergipe”, diz orgulhoso. Isso é um pouco da história desse paulista-sergipano que agora quer ser político para contribuir, com sua experiência e conhecimento da realidade de Sergipe, para a melhoria da qualidade de vida do povo que entende “trabalhador e capaz de superar todo tipo de obstáculo”.

Durante a entrevista, Marco Pinheiro não deixou pergunta sem resposta

Veja o melhor da entrevista que ele concedeu ao Cinform Online

Marco Pinheiro concedeu a entrevista à
equipe do Cinform Online

 

CINFORM MUNICÍPIOS – O que motivou o empresário bem sucedido

Marco Pinheiro a partir para ser político e pleitear uma cadeira na

Assembleia Legislativa de Sergipe?

MARCO PINHEIRO – Duas vertentes próximas, porém diferentes.

Primeiro sempre fui político no movimento estudantil. Você sempre está disputando, está concorrendo, assim como na Associação Comercial você está participando, você está disputando um cargo executivo dentro de uma instituição privada. Na política, por exemplo, por 12 anos fui um defensor árduo do mandato do deputado Laércio Oliveira, mesmo com minhas divergências do ponto de vista de ordem pessoal.

Mas, do ponto de vista empresarial, considero ele um grande líder, um grande representante que tem contribuído muito com o estado de Sergipe. Agora quero colocar o meu nome exposto ao julgamento popular por acreditar que posso contribuir, de uma forma ou de outra, com a população e com esse estado que aprendi a gostar e que me proporcionou muitas alegrias e oportunidades.

CINFORM MUNICÍPIOS – Como Marco Pinheiro vê a pandemia do coronavírus e suas consequências?

MARCO PINHEIRO – A pandemia foi um choque que provocou uma “virada de chave”. Em outras palavras, na pandemia a Associação Comercial, por exemplo, ficou inteiramente sozinha, isolada, não tinha um parlamentar, não tinha um só parlamentar, vereador, deputado estadual, ninguém preocupado com os problemas que afligia o micro e pequeno empreendedor.

CINFORM MUNICÍPIOS – Qual seria a saída ou as saídas para esse situação em que ficou uma das entidades mais representativas da classe empresarial de Sergipe diante da pandemia?

MARCO PINHEIRO – Veja, nós temos algumas ferramentas que podem ajudar o micro e pequeno empresário e elas não são implementadas porque não interessa por algum motivo aos governantes, seja municipal ou estadual. Por exemplo, o fundo de aval. O fundo de aval é uma ferramenta que garante até 80% de uma operação de crédito, pois ela é a garantidora. Imagine que, por exemplo, nenhum município ter um fundo de aval. Na prática o que aconteceu: imagine em uma pandemia dessas os municípios tiveram um milagre econômico, pois todos ficaram eficientes, todos ficaram pagando a folha em dia, houve um grande milagre nos municípios, porque todos receberam recursos.

E mais: imagine o município aprovar na Câmara de Vereadores um fundo de aval com 2 milhões de reais. Ao conveniar com o sistema de crédito, seja Sicredi, Banese ou outros, pelas regras do Banco Central eles podem emprestar até dez vezes esse valor. Então, 2 milhões de reais vira 20 milhões de reais. Imagine na pandemia garantindo a operação do micro e pequeno empreendedor até 80%.

CINFORM MUNICÍPIOS – Na prática, como explicar isso?

MARCO PINHEIRO – O que nós temos de concreto é que as micro e pequenas empresas ou o CNPJ está com problemas ou o CPF, ou seja, o empresário está negativado ou até os dois. Com isso, não tem como ter esse crédito. Aí entra o fundo de aval garantindo essa operação, seja através do Banco do Nordeste, seja com a Caixa, Banese, Banco do Brasil. Então, falta sensibilidade do gestor público. Esse é o “pipino” que você se vê sozinho para resolver.

CINFORM MUNICÍPIOS – Há algum exemplo concreto que podemos citar para ilustrar essa questão?

MARCO PINHEIRO – Veja a Assembleia Legislativa, uma casa que estou colocando meu nome à disposição como pré-candidato, quantos milhões ela economizou por não estar funcionando. Imagine esse dinheiro economizado ter sido, através da aprovação de uma lei estadual, acordado com o Poder Executivo, usado para socorrer as entidades e, com isso, poder ajudar a sociedade. Estou falando de auto-subsistência, porque quando você permite que a lanchonete volte a operar, o barzinho volte a operar, o cabeleireiro, a botique, toda essa cadeia de micro e pequeno empresário é quem sustenta o atacado. O atacado só tem resultado através dos impostos se vender ao pequeno que alimenta o mercado, o grande mercado atacadista e o pequeno empreendedor. Aí é que está o X da questão. Falta crédito para esse pessoal.

CINFORM MUNICÍPIOS – Diante desta lacuna imensa como o senhor vê a política encontrando soluções para o problema?

MARCO PINHEIRO – Eu entendi que, primeiro não preciso de política, entendi e resolvi colocar meu nome à disposição para ser talvez o representante ou a voz dos excluídos, do pequeno, porque o micro e pequeno empreendedor são excluídos do processo, geralmente não tem vez, não tem voz.

CINFORM MUNICÍPIOS – Qual o perfil ideal de um parlamentar em Sergipe que o senhor pretende ser ou pelo menos vai brigar para isso?

MARCO PINHEIRO – O paramentar começa a perder seu mandato quando ele se torna aliado incondicional do governador de plantão. O parlamentar foi eleito para legislar, criar um ambiente favorável para a sociedade. Parlamentar se elege representante de uma categoria qualquer e, em dois meses, ele já é uma espécie de secretário adjunto do governo. Isso não existe! O parlamentar tem que contribuir com sugestões e alternativas para que o governador de plantão faça um bom governo.

CINFORM MUNICÍPIOS – A política em Sergipe não lhe assusta?

MARCO PINHEIRO – Claro que não! Aliás, nada nessa vida me assusta.

CINFORM ONLINE – Faltando 90 dias para as eleições, o Cinform realizou uma pesquisa onde agente avalia as possibilidades as intensões de votos dos candidatos. O nome de Marco Pinheiro começou agora a aparecer. A que o senhor atribui isso?

MARCO PINHEIRO – Trabalho, botei a cara para dizer que sou candidato, até porque você tem que dizer publicamente que é candidato.

CINFORM MUNICÍPIOS – Que notas o senhor dá para Edvaldo Nogueira, Belivaldo Chagas e Jair Bolsonaro?

MARCO PINHEIRO – Para o prefeito Edvaldo Nogueira, eu dou nota 6, para o governador Belivaldo Chagas, nota 7 e para o presidente Jair

Messias Bolsonaro, nota 9. Para mim, todos têm seus méritos para merecerem essas notas.

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