Com o intuito de resgatar e trazer à memória os 80 anos do torpedeamento a navios na costa sergipana, que marcaram a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), junto à Universidade Federal de Sergipe (UFS), inaugurou a exposição “Aracaju: a capital que viu a guerra”, no Centro Cultural.
A exposição aborda como a capital sergipana esteve envolvida na Segunda Guerra e, também, como essa participação mudou o cotidiano da população, o modo como os veículos de comunicação informaram sobre a guerra, a movimentação em torno dos sobreviventes e a preparação do povo para possíveis novos ataques.
A solenidade contou com a apresentação da Orquestra de Cordas, que faz parte da Orquestra Sinfônica da UFS, e do Coral da UFS; em seguida, a exibição do curta “Desaparecidos”, de direção de Pascoal Maynard, que apresentou as vítimas dos torpedeamentos. Um coffe break foi oferecido aos espectadores, enquanto estes emergiam na história contada na mostra.
O presidente da Funcaju, Luciano Correia, mostrou-se satisfeito com exposição e com o modo como ela encerra o ciclo de programação que homenageia os 80 anos dos bombardeios dos navios na costa sergipana.
“Foi o evento que fez o Brasil entrar na Segunda Guerra Mundial. Restituímos a importância deste evento, pouco lembrado em Sergipe, porque tem importância para o estado, para o Brasil e, quiçá, o mundo. A partir de tudo que foi feito com essa exposição, a gente tenha um embrião, aqui, do futuro memorial dos Náufragos. Vamos trabalhar para que, no próximo ano, ao invés da gente homenagear essas várias ações alusivas ao bombardeio, a gente já tenha o memorial dos Náufragos, em Sergipe”, informa Luciano.
A professora do Colégio de Aplicação da UFS e do Mestrado Profissional em Ensino de História (Profhistória), Andreza Maynard, idealizadora do projeto, agradeceu à Funcaju pela oportunidade de poder apresentar à sociedade a história dos torpedeamentos. Para a historiadora, a mostra evidencia momentos que sucederam aos bombardeios, por meio do submarino alemão 507.
“A exposição aborda as mudanças na sociedade, após os torpedeamentos de três navios na costa sergipana, em 1942; de como era o cotidiano de Aracaju e como é que a guerra vai mudar esse cotidiano, a partir do medo, dos preparativos pra possível defesa de outro ataque e também como ficará a cidade após a guerra chegar a Sergipe e a Aracaju”, explica Andreza.
Com entrada gratuita, a exposição segue instalada no Centro Cultural de Aracaju, localizado na praça General Valadão, no Centro, até o dia 17 de outubro.
Entre os presentes estavam o presidente da Funcaju, Luciano Correia; o professor universitário e pró-reitor de graduação Dr. Dilton Maynard, representando o reitor da UFS; o diretor do Colégio de Aplicação (Codap-UFS), Prof. Msc. Carlos Alberto Barreto; e a professora, historiadora e organizadora da exposição Dra. Andreza Maynard.

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