Dores musculares generalizadas e nas articulações caracterizam a Síndrome da Fibromialgia. A patologia, muito mais comum do que se pode imaginar, afeta os ossos e músculos dos pacientes acometidos pela doença.  De acordo com o reumatologista Denison Santos Silva, professor do curso de Medicina da Universidade Tiradentes, o diagnóstico da doença é sempre clínico. Com isso, não há nenhum exame complementar, seja de sangue ou de imagem, que confirme a patologia.

“Pode-se dizer que uma pessoa tem fibromialgia quando apresenta dor difusa no corpo por mais de três meses, preenchendo uma escala chamada índice de dor generalizada e, quando apresenta sintomas associados como fadiga, inchaços, alteração de memória, alterações de humor, sintomas disautonômicos, preenchendo uma escala chamada escore de gravidade dos sintomas”.

Para o especialista, além das dores, a fibromialgia pode causar também alterações no sono e no humor, cansaço, depressão e ansiedade. “A fibromialgia tanto pode ser causa como consequência de distúrbios de humor e sono. Quimicamente, o cérebro ‘entende’ o processo de dor de forma muito parecida de como entende ansiedade e depressão. As mesmas substâncias químicas que se encontram desequilibradas na depressão e ansiedade como serotonina, dopamina, noradrenalina também estão em desarmonia na fibromialgia”.

Denisson Santos Silva

Segundo Denison, além de ser comum a associação das patologias, uma pode acabar potencializando as outras. “Um paciente que sofre de dor crônica possui uma maior tendência a ser ansioso ou deprimido ou dormir mal e o contrário é também verdadeiro. O paciente com fibromialgia em geral tem sono de pior qualidade, chamado sono não restaurador, acorda a maior parte dos dias cansado, tem problemas de concentração e memória, tem sintomas chamados disautonômicos como dispepsia funcional (gastrite nervosa), enxaqueca, síndrome do intestino irritável, síndrome da bexiga hiperativa”.

O especialista afirma que, durante a pandemia, os sintomas da doença podem piorar. “Em situações de extrema pressão e estresse, as dores sempre piorarão. Acontece com os estresses do dia a dia com família, atividades laborais, escola, ainda mais em situações como a que estamos vivenciando. A pandemia e os medos ocasionados por ela como, por exemplo, o medo de morrer, de perder um ente querido, de adoecer e ficar sequelado, são importantes gatilhos emocionais. Um cérebro doente emocionalmente trará expressões físicas no corpo e uma das mais importantes é a dor. Além disso, pacientes que se contaminam com Covid-19, em geral, sofrem depois com fadiga e dores osteomusculares pela própria doença quanto mais em um contexto de dor crônica”.

O médico salienta a importância de manter a saúde mental como prioridade na vida, além de outros fatores para o tratamento precoce. “Quando as dores começarem a ter aspecto crônico e de impacto na qualidade de vida, procurar logo um médico de dor, na fibromialgia pode ser um reumatologista. Quanto mais tempo demora para iniciar um tratamento, mais enraizada fica a dor e piores são os resultados no tratamento. A fibromialgia pode e deve ser sempre tratada pois há grande chance para melhora da doença”.

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