
O atendimento às vítimas da Covid-19 exige o trabalho de uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, técnicos, nutricionistas, terapeutas e fonoaudiólogos, que são os profissionais responsáveis pela restauração da capacidade de comunicação dos pacientes. Eles atuam no atendimento ambulatorial e também nos leitos de UTI, na assistência aos pacientes que apresentam disfagias, que é a dificuldade para engolir alimentos, líquidos ou saliva, geralmente ocorrido depois da extubação.
Segundo a fonoaudióloga Vanessa Goes, os problemas mais comuns das vítimas da Covid-19 são as disfagias, principalmente àqueles que passam pelo processo de intubação, quando ocorre o caso grave da doença. Durante muito tempo sob ventilação mecânica, funções como a respiração, mastigação e deglutição, ficam em desuso ou diminuem, causando a fraqueza desses músculos, levando a desencadear algum tipo de disfagia.
“Geralmente, os pacientes apresentam alterações no processo de deglutição, alteração no mecanismo da fala, que é a disartria, astenia, fraqueza na voz, rouquidão e voz soprosa, que são padrões alterados na qualidade vocal. O objetivo do fonoaudiólogo é reabilitar funções que foram perdidas devido ao acometimento da doença, com intervenções diárias ou semanais através de exercícios e estímulos para reabilitar estas funções”, disse Vanessa.