No 31 de dezembro de 2019, a comunidade científica ficou em alerta com o surgimento de um novo coronavírus na cidade de Wuhan, na China. Mesmo tentando isolar-se do resto do país, para evitar a disseminação da doença, o vírus acabou se espalhando e a notícia da crescente onda de mortes e novos casos, em vários países, causou pânico no mundo. A velocidade que o SarsCov-2 se espalhou fez com que nações em todos os continentes, começassem a adotar medidas restritivas para tentar frear o avanço da doença. No dia 26 de fevereiro de 2020, foi confirmado o primeiro caso de Covid-19 no Brasil.

Em abril de 2020, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) cria a Força Tarefa Covid-19, tendo à frente os professores Lysandro Pinto Borges e Daniela Raguer Valadão, que deram início aos estudos sobre a doença. A primeira ação aconteceu nos 10 municípios sergipanos mais populosos, onde foram realizados mais de 3,5 mil testes ao longo de duas semanas, logo no início da pandemia. O trabalho deu prosseguimento e os estudos foram feitos nos outros 65 municípios do Estado de Sergipe, através da pesquisa da busca ativa do soro prevalência e do exame RT-PCR na população.

Em seguida, a equipe foi às comunidades quilombolas, testaram os profissionais de saúde, garis, foram nos albergues, buscaram moradores de rua, idosos em asilos e comunidade indígena Xocós, em Porto da Folha, e em todos os presídios de Sergipe, pra verificar se havia contaminação da população carcerária do Estado. Hoje, já são mais de 100 mil exames realizados, em diversas etapas ao longo deste período.

Segundo o professor Lysandro Borges, ao longo de um ano foi possível verificar a evolução da pandemia em Sergipe. “Antes, a procura pelos testes era muito maior. Agora, há uma redução da procura pelos testes pelo costume com a pandemia, e isso é muito ruim, visto que só a testagem em massa você conseguirá ter um panorama real da contaminação. Nós estamos com uma instabilidade em alta, ou seja, ainda não há no panorama futuro uma redução do número de casos e óbitos”, disse.

Lysandro destaca que Sergipe está na terceira onda com a possibilidade de entrar numa quarta agora no inverno. “Existe uma cepa indiana que pode entrar no Brasil a qualquer momento, muito mais infectante e mais letal. Em Sergipe, predomina a variante P1, que agrava mais em jovens e tem a capacidade de causar colapso no sistema de ocupação dos leitos de UTI. Estamos nos aproximando do inverno, no caso no Nordeste, é um período mais chuvoso, onde normalmente as pessoas tendem a se aglomerar. Portanto, o período de festas de junho e julho podem ser um gatilho para as aglomerações e aumento da doença’, alertou.

Para o professor Lysandro, passados um ano da criação da Força Tarefa Covid-19, o sentimento é de acerto. “Acredito que nós acertamos e o Governo do Estado Sergipe também acertou com essa parceria com a ciência e com a UFS. Só a ciência vai nos salvar, a vacina veio da ciência, ela ajuda no planejamento de políticas públicas através das análises estatísticas. Então, governo sem ciência é um governo perdido. Nunca colapsamos em relação a óbitos e mantemos uma estabilidade graças ao governo ouvir a ciência”, finalizou.

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