Tudo normal. Essa foi a impressão que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou passar após a comissão mista do Congresso Nacional impor mudanças na MP que reestrutura o governo, esvaziando os ministérios do Meio Ambiente, de Marina Silva, e dos Povos Indígenas, de Sonia Guajajara.

“A impressão que tive é que o mundo tinha acabado. ‘Lula foi derrotado pelo Congresso’, ‘Acaba-se o ministério disso, acaba-se o ministério daquilo’. Eu fui ler, e o que estava acontecendo era a coisa mais normal”, afirmou em evento da Fiesp pelo Dia da Indústria.

Minimizando a crise, ele disse que agora o governo tem que “jogar” e negociar com o Legislativo. “Até então a gente estava mandando a visão de governo que nós queríamos. A comissão no Congresso Nacional resolveu mexer. Coisa que é quase impossível de mexer na estrutura de governo, porque é o governo que faz. E agora começou o jogo. Nós vamos jogar, vamos conversar com o Congresso, vamos fazer a governança daquilo que a gente precisa fazer”, disse o presidente, que afirmou também que “o que não pode é se assustar com a política”.

Já Marina avaliou que o país atravessa um “momento difícil” e pediu que “árvores fortes” protejam o que é “essencial”. Também afirmou que “não gosta de ver” o que está “acontecendo no Congresso”.

Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, disse que um dos fatores para a aprovação da MP é uma mudança na correlação de forças entre o Executivo e o Congresso, com um ganho de poder do Legislativo nos últimos anos. “Infelizmente, nós estamos vivendo uma situação em que existem alguns setores querem reeditar a estrutura de governança do governo Bolsonaro no governo do presidente Lula, desrespeitando a autonomia que o governo tem em relação à gestão e desrespeitando a própria MP do presidente que criou essa nova estrutura”.

Para conter os danos, Lula vai se reunir hoje com Marina e Guajajara. Em outra frente importante, o governo pretende vetar o dispositivo da MP que enfraqueceu a proteção à mata atlântica e foi criticada até pela oposição. O receio é que uma eventual saída de Marina abale a imagem de Lula na área ambiental.

 

Fonte: Portal Meio

Foto: Rovena Rosa

 

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