Vereadora diz que a revogação do IPTU foi um estelionato eleitoral e que o Plano Diretor da cidade está engavetado

Por Habacuque Villacorte – Da Equipe Cinform OnLine

Desta vez a equipe do CINFORM ONLINE deu uma pausa nas entrevistas com os vereadores em primeiro mandato na Câmara de Aracaju para conversar com uma parlamentar que já conhece bem os bastidores do Poder e os problemas que afligem a capital dos sergipanos. Conversamos com a vereadora Emília Corrêa (Patriota), nova líder da bancada de oposição na CMA, que provou que vem afiada para cobrar e fiscalizar da gestão do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT). Sobre temas polêmicos ela não “alisa” e acusa a PMA de promover um “marketing fantasioso” para iludir as pessoas; reclama que a revisão do Plano Diretor está “engavetada”; diz que a revogação do IPTU foi um “estelionato eleitoral” do prefeito; e que falta gestão a Edvaldo para resolver os problemas do transporte coletivo de Aracaju. Confira a seguir, e na íntegra, esta entrevista exclusiva:

CINFORM ON LINE: Iniciando a entrevista, diferente dos demais vereadores novatos, com quem já conversamos, a senhora já tem boa experiência no parlamento. O que a população pode esperar da vereadora Emília Corrêa nesta nova legislatura?

EMÍLIA CORRÊA: A experiência vai me ajudar muito nessa nova legislatura. A errar menos, a acertar mais. A facilidade da experiência nos faz enxergar muito mais rápido quem chega, quem já estava e de discernir, mas a responsabilidade aumenta ainda mais. Mesmo com toda essa experiência. É redobrada ou até triplicada. Uma recondução, muitas vezes, é maior que um ingresso, que você tem esperança de ter novidades positivas. No político experiente, você tem uma confirmação, uma aprovação. Por isso a sociedade aracajuana pode esperar da Emília (Corrêa) um trabalho forte, fiscalizador e firme. Com respeito, mas defendendo o povo e não políticos, principalmente aqueles que são descomprometidos.

CINFORM ON LINE: E quanto às sessões remotas da CMA? Esse “modelo” não tem prejudicado a atuação dos vereadores, em especial, da oposição? A reforma do prédio está atrasada? A Mesa Diretora já não poderia ter encontrado outro espaço com garantia de isolamento e para facilitar o trabalho dos parlamentares?

EMÍLIA CORRÊA: As sessões da CMA continuam sendo remotas, infelizmente, mas eu entendo sim que elas são necessárias, nesse momento de pico. Nós passamos um momento, logo no início da pandemia, que até as sessões remotas não aconteciam. Foi necessária uma pressão do nosso mandato, na legislatura passada, inclusive ajuizando ações na Justiça, para que as sessões acontecessem, mas não no formato que ela estava estabelecida na legislatura passada, com sessões apenas de caráter extraordinário, que não nos cabia debater os problemas de Aracaju. Era uma pauta colocada e todos nós ficávamos presos a ela e o prejuízo foi muito grande. Isso é lamentável! Nessa nova legislatura estamos tendo sessões remotas, com sessões ordinárias, de uma forma mais enxuta, mas que nos permite discutir os problemas de Aracaju. Isso já foi um avanço. Agora, se isso atrapalha os trabalhos dos vereadores de oposição, eu lhe digo que sim porque no presencial é tudo muito diferente, nós temos a repercussão da mídia imediata, que tá lá presente; a reforma do prédio está atrasada e não justifica esse atraso, por mais que se diga, que se explique, que quer fazer tudo certo, com licitação, mas é uma reforma, e já deviam definido outro local, a locação de um espaço para que nós, vereadores, tivéssemos uma referência física para as sessões. É lamentável que isso não esteja acontecendo e a gente quer mais celeridade nessa reforma. No Estado temos algumas Câmaras Municipais funcionando, respeitando todos os protocolos e em Aracaju, que é a capital e que deveria ser modelo, estamos nessa situação. Mas graças a Deus as remotas estão acontecendo, regimentalmente, as terças, quartas e quintas.

CINFORM ON LINE: Muitos vereadores foram eleitos em 2020 porque representavam o desejo de um segmento ou comunidade, ou porque trabalharam bem uma “causa social”. Qual foi o diferencial de Emília Corrêa?

EMÍLIA CORRÊA: Essa questão de vereadores e políticos em geral, que se preocupam muito em ter uma bandeira ou defender um segmento ou uma comunidade é muito positiva. Porque você sai com uma base de votos, de eleitores e seguidores. O meu diferencial, imagino eu, sem nenhum tipo de vaidade, certamente foi o trabalho contínuo, sem cessar. Mas não foi o trabalho político e partidário, mas o trabalho voltado para a comunidade, ganhando força sem nem eu mesma ter noção do tamanho disso. A força foi do trabalho público, dentro da minha área de atuação. Foram 33 anos atuando na defensoria sem pensar em política partidária. Eu não atendia as pessoas pensando em voto, mas respeitando a cidadania deles, seus direitos, dos mais necessitados. Essa foi a minha vida. Tratei do direito de família, direito criminal, direito do consumidor. A defensoria abriu esse espaço, mas não foi palanque para uma política partidária. A comunicação que veio comigo, mas não foi o fato de um atuar na televisão ou no rádio, que aquilo me deu a aprovação. Mas também a continuidade, o respeito, a probidade e a verdade. Com isso ganhei o respeito da população e isso só aumenta a minha responsabilidade. Sou grata a Deus por me dar saúde e ao povo sergipano por reconhecer o meu trabalho. Ninguém é melhor que ninguém, não tenho causa específica, mas se eu tivesse que nominar uma bandeira minha, seria defender os direitos das pessoas como um todo.

CINFORM ON LINE: Aracaju é uma cidade que cresce de maneira desordenada, sem a revisão do Plano Diretor. Por que o prefeito Edvaldo Nogueira não deu continuidade ao trabalho feito na gestão de João Alves com as audiências públicas? Falta interesse? Ou tem alguém “engavetando” o assunto Plano Diretor?

EMÍLIA CORRÊA: Quando eu digo que a gestão de Aracaju é forte em marketing é porque ela trabalha muito mais a propaganda do que o cuidado com o povo. É um marketing forte e fantasioso, que ilude as pessoas. Temos uma cidade que vem enfrentando velhos problemas dentro de uma velha gestão. Um grupo que está aí há anos e não resolvem os problemas básicos e gritantes, como na Saúde. Já estava um caos e se agravou com a pandemia. Já era difícil agendar e marcar uma cirurgia eletiva. Nada mudou e tudo só se agravou! Fala-se em cuidar das pessoas, mas deixa-se o maior ambiente de contaminação, que é o transporte público, completamente livre, aglomerado. Esse é outro problema velho, que nunca viu uma licitação. Sobre o Plano Diretor, a cidade cresce sim desordenada e o Plano Diretor está engavetado! Não se deu continuidade às discussões, as audiências públicas do ex-prefeito João Alves Filho (in memoriam). E se fala em uma cidade de qualidade de vida! Que é isso? Isso é marketing! Por que não discutiu o Plano Diretor? O que há por trás disso? Temos que ter respeito com a nossa cidade, com os aracajuanos. Temos que fazer o nosso melhor e nós, políticos, temos prazo de validade e vamos passar um dia. E a cidade vai continuar existindo. É muito feio ouvir políticos dizerem uma coisa e as pessoas enxergarem outra.

CINFORM ON LINE: O aracajuano, ano após ano, vem pagando um IPTU caro que, inclusive, foi promessa de campanha ainda em 2016 que o reajuste seria revogado, mas até agora nada baixou e, este ano, houve até um novo aumento. Por que tanto abuso? E os órgãos fiscalizadores? Por que nada muda sobre o IPTU?

EMÍLIA CORRÊA: É outra grande mentira! Como falei lá atrás, essa revogação do IPTU foi um estelionato eleitoral. Ela não aconteceu! Pelo contrário, o IPTU aumentou muito mais! Agora, mesmo em tempo de pandemia, em lugares onde não temos saneamento básico, sem as devidas manutenções das obras, o IPTU aumentou! Nada foi revogado, nada baixou. Isso é um abuso e chega a ser uma improbidade administrativa. A gente fica clamando pelos órgãos fiscalizadores. Revejam! Inclusive a Câmara Municipal que, às vezes, não exerce a sua independência de Poder, constitucionalmente falando. Isso é muito triste! Temos 15 novos vereadores, que conhecem os problemas da cidade. Todo mundo sabe que não houve revogação do reajuste do IPTU. Que os outros órgãos fiscalização exerçam o poder de polícia, se necessário. Foi uma mentira publicizada! Todos estamos limitados pela lei que temos obrigação de cumprir! Isso é muito estranho, é publico e falta que os órgãos cheguem junto contra a mentira e o estelionato eleitoral. É tão flagrante que não temos muito o que dizer.

CINFORM ON LINE: Outra situação que parece que não se resolveu completamente é em relação à greve dos rodoviários. A categoria já fez duas paralisações e o Sindicato das empresas conseguiu derrubá-las judicialmente. Mas e o Poder Público? O que falta ao prefeito de Aracaju? Por que ele não cobra das empresas por valorização e melhores condições de trabalho para os rodoviários? Um possível reajuste da tarifa do transporte seria a solução?

EMÍLIA CORRÊA: Essa situação dos rodoviários também é outro problema seríssimo! Quero repetir muito isso para que sirva como alerta! Problema velho, de uma gestão velha e que não resolve! Os rodoviários lutam com todas as suas forças e limitações, buscam a Justiça, fazem paralisações e aí o Sindicato das empresas vem e consegue derrubar algumas medidas, judicialmente falando. É muito complicado, isso está na mão da gestão! O respeito do trabalhador, de receber dignamente aquilo que é seu direito. E nesse caso o poder público tem que atuar. E por que não se cobra das empresas? Por que tem uma relação que precisa ser esclarecida, que não é somente uma relação de contratação. Isso nos deixa assombrados com a tanta cumplicidade! É uma coisa guardada que não se derruba, não se invade e não se chega a qualquer solução. Do transporte público só se fala em reajuste da tarifa. A população até pagaria se tivesse um transporte digno, terminais devidamente estruturados, respeito e segurança dentro dos veículos. Os idosos têm dificuldades, os idosos, os elevadores muitas vezes não funcionam. Moramos em uma das capitais mais quentes do País, e o ar condicionado dentro desses veículos não é luxo, mas necessidade. Isso gera indignação, problemas par aos rodoviários e para a população. Inclusive aqueles que não utilizam o transporte, mas possuem funcionários que dependem dele. O que é competência nossa, como projetos e ajuizar ações, o parlar de forma clara, sem fake News e fantasia, nós estamos fazendo. Para defender o que é justo e de direito para os rodoviários.

CINFORM ON LINE: O governador assinou um decreto com medidas restritivas, essa semana, mas cobrou uma solução para superlotação dos ônibus. O prefeito de Aracaju disse que não tem como controlar o número de passageiros porque teria que colocar um fiscal em cada ônibus e a população é quem deve esperar no ponto um ônibus mais vazio. O que a senhora acha a respeito?

EMÍLIA CORRÊA: Outro assunto muito sério! Um decreto com medidas restritivas, onde eu tenho que fazer algo para me salvar de alguma forma, mas colocando em risco a saúde econômica. A saúde é muito importante, mas a saúde econômica também é! Isso já vem afetando há algum tempo por falta de tudo! Fazem isso agora (decreto) porque não fizeram nada antes! O governador dobrou do prefeito uma solução para a superlotação dos ônibus e o que a gente sente é um jogo de empurra! A responsabilidade, neste momento, é realmente do prefeito, mas a somatória de gestões ajuda! O prefeito de Aracaju, com justificativas injustificáveis, diz que não tem como colocar um fiscal dentro do ônibus e que o povo tem que esperar no ponto o próximo ônibus mais vazio. É difícil, senhor prefeito! E aquela pessoa, que talvez tenha sido seu eleitor, ele tem o dever de chegar no horário no trabalho dele. Ele tem que pegar o ônibus cheio, sujeito e vulnerável à contaminação! Com todo respeito, esta é uma fala ridícula! Ele cobre da concessionária que contratou para resolver, para controlar, para reduzir o número de passageiros e respeitar o distanciamento. A responsabilidade é da PMA e isso é uma falta de respeito e de competência do prefeito! Da Câmara foi retirada a obrigação que nós tínhamos de discutir a questão das planilhas e os reajustes agora são decididos dentro de quatro paredes! Isso em plena pandemia, com o trabalhando por uma das tarifas mais caras do País e ainda com a possibilidade de reajuste!

CINFORM ON LINE: E o que dizer da decisão do poder público de retirar os pequenos comerciantes instalados na Praia da Cinelândia? Não deveria ter um planejamento e uma discussão maior? A CMA foi consultada? Não ocorreu algo parecido com os comerciantes do Terminal Rodoviário do Centro?

EMÍLIA CORRÊA: Esse problema da Cinelândia, também, evidentemente, faltou zelo da gestão, mas ressalvando algumas coisas que preciso colocar, para não dizerem que não tenho responsabilidade. Houve uma mudança de gestão ali na Orla e a prefeitura, através da CMA, teve uma aprovação quando solicitava a administração da Orla, quando ele nem cuidava do restante de Aracaju, da periferia e da Zona Norte. Foi concedido. A PMA passou a administrar e chegou dizendo que queria colocar ordem, e não pensou nas pessoas que tinham investido. Precisava ter mais sensibilidade. Eu entrei em contato com o presidente da Emsurb para dar mais prazo e ele disse que não podia dar mais prazo para esperar. E era possível, tanto que a Justiça deu! E poderia ter vindo da PMA. Eu concordo que tem que se organizar, mas se organiza conversando, ouvindo e com planejamento. O mesmo aconteceu com os com os comerciantes do Terminal Rodoviário do Centro. Tem que existir uma tolerância, um prazo. Estamos falando de famílias, de vidas que sobrevivem daquilo. Eles são permissionários. Faltou competência. São problemas velhos de uma gestão velha!

CINFORM ON LINE: Uma pergunta recorrente que fazemos sempre a um vereador de Aracaju é sobre a renovação grande no parlamento municipal. Por que? Foi apenas a legislação eleitoral que mudou com o fim das coligações ou a baixa representatividade também ajudou na mudança de nomes na CMA?

“A PMA solicitou a administração
da Orla, quando nem cuidava do
restante de Aracaju”

EMÍLIA CORRÊA: Sobre a renovação, para mim foi realmente muito significativa. Existiu aí uma junção de fatores. Primeiro eu coloco sempre qualquer pessoa abaixo da vontade de Deus. Seja boa ou ruim a autoridade, mas não deixa de ser a vontade de Deus, até para dar uma oportunidade aquela pessoa de se redimir de algumas práticas. Ou até como uma prova! Além disso tem a questão que o povo está ficando cada vez mais indignado, mais atento! Teve a abstenção de um povo já revoltado, que não acredita mais! E que ganharia a eleição majoritária! Teve a ausência de coligação também, uma pandemia. São fatores que devem ser levados em consideração. Vamos confiar os parlamentos estaduais e federais tenham a renovação que traga mais justiça social para o povo brasileiro, sergipano e aracajuano. Não é fácil, é sofrível, mesmo!

CINFORM ON LINE: Falando um pouco de política, a senhora disse esses dias que não quer fazer parte de um “grupo de negócios”! O que a senhora quis dizer? Para quem a senhora mandou aquela mensagem? Faz oposição ou está na situação ao prefeito de Aracaju?

EMÍLIA CORRÊA: Essa sua pergunta me permite esclarecer algumas coisas. Dizem que a gente não é forte porque é isolada, e só ganha na política quem é de grupo. Eu concordo com sim, mas eu não quero fazer parte de qualquer grupo! Não quero fazer parte de grupo de negócios! Muitas vezes eu estou isolada, mas estou altamente disponível para fazer um grupo que tenha como o centro, de verdade, a população. É desse grupo que quero fazer parte. Vejo muitos grupos com esse discurso e essa fala, mas a prática é de negócios! E aí eles não contam com a Emília! Eu quis dizer isso! Essa coisa de troca de cargos, na próxima você disputa isso ou aquilo, eu vou te ajudar com doações “x”, que às vezes são legítimas ou não, mas o povo entende o que a gente quer passar e reconhece porque já conhece como as coisas funcionam. Essa mensagem não tem endereço, mas eles sabem e se incomodam tanto com as nossas falas! Para saber minha posição, basta olhar para a minha caminhada para perceber que tipo de política eu faço, de oposição de verdade, sem ser fake News ou disfarçado! Não é oposição por posição. São críticas para melhorar a gestão! As críticas são melhores que os falsos elogios, que levam ao caos. Eu prefiro uma crítica construtiva e firme, mas que faz a gente repensar e melhorar. Falsos elogios só nos levam para o abismo! Temos que trabalhar com a verdade! Esse é o meu entendimento, posso mudar, mas para me convencer serão necessários bons argumentos.

CINFORM ON LINE: Existe um forte rumor de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, poderá se filiar no Patriotas para disputar a reeleição no próximo ano. Como a senhora avalia? É favorável à vinda do presidente? Qual a sua posição?

EMÍLIA CORRÊA: Tudo o que diz respeito ao presidente gera uma polêmica grande. A gente vê aquelas pessoas apaixonadas pelo Jair Bolsonaro e eu não gosto disso. De paixão por políticos, por direita, esquerda ou centro. Temos que ter discernimento porque a paixão cega a gente! Os apaixonados às vezes não enxergam algumas coisas, mas eu também não odeio o presidente. Eu sou da medida que ele tem pontos positivos e negativos, mas a maioria o elegeu. Eu estou no Patriotas, e o rumor é que o partido estará recebendo ele. Eu não fui para o partido do presidente. Não tá batido o martelo, mas o presidente talvez venha para o partido que eu faço parte. Eu tenho que analisar, tenho minha janela fechada, em termos partidários, e só posso sair no final do meu mandato. Para ser candidata a alguma coisa eu não tenho como sair. Tem muita coisa que eu não concordo. Tem algumas coisas que eu concordo. Vou avaliar, não tenho condições de decidir porque não sou presidente do partido estadual, municipal e muito menos nacional. É uma decisão partidária e vou analisar muito. Minha política é voltada para ajudar a população, eu sou contra essa coisa de paixão por direita ou esquerda.

CINFORM ON LINE: A senhora está assumindo a liderança da oposição na CMA e, certamente, seu nome e seu mandato estarão ainda mais em evidência. Como pretende liderar uma bancada tão reduzida?

EMÍLIA CORRÊA: Com relação a liderança da oposição, nós assumimos de forma tranquila, somos cinco vereadores que se expressam como oposição na Casa, mas embora seja um número tão reduzido, estaremos em blocos diferentes. As vereadoras Professora Ângela (PT) e Linda Brasil (PSOL) não se veem lideradas pela vereadora Emília porque eu não sou de Esquerda. E eu não sou mesmo! Mas existem pautas da esquerda que eu apoio porque são benéficas para a população. E não quer dizer que a minha liderança vai impor alguma coisa. Nós acordamos que teremos a nossa independência de votar, quando não quisermos votar em bloco, conforme o nosso entendimento. Ficou acordado uma alternância de liderança. Não haverá imposição, como há na bancada governista. Que aprova ou reprova tudo o que eles querem.

CINFORM ON LINE: Para 2022, tentará novamente a Câmara Federal? Pode disputar um mandato majoritário ou de deputado estadual? Ou pretende focar apenas em Aracaju e disputar a eleição?

EMÍLIA CORRÊA: Sobre 2022, teremos mais uma eleição e o meu foco de verdade é na pandemia e no meu mandato. Diferente de alguns políticos que falam uma coisa, mas se reúnem para tratar exclusivamente da eleição. Tenho conversado com meu partido e outra prioridade nossa tem sido buscar o fortalecimento da legenda em Aracaju e em Sergipe. Já existe um movimento neste sentido. Tem muita gente nos procurando e o presidente do partido, que tem honrado com a palavra. É um partido pequeno que não deixou ninguém sem uma estrutura mínima. Diferente de grandes legendas que não ajudaram seus candidatos a vereador. Temos a esperança de fortalecer a legenda, estou aguardando a visita do presidente nacional, que vem conversar comigo e com o nosso presidente estadual. Com relação a candidatura é do interesse do partido que tenha um nome para a Câmara Federal, para a majoritária, que pode ser para governador, senador. Eu vou ouvi o meu partido, mas não tem nada neste sentido agora. O foco é a pandemia e o mandato. Não tenho me reunido com ninguém sobre eleição. Vendo as matérias na imprensa, vejo os políticos profissionais e me recordo da Escolinha do Professor Raimundo, porque eles só pensam naquilo, em 2022, e usam a pandemia para enganar o povo. É lamentável!

 

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