
O Dia Mundial sem Tabaco, celebrado nesta segunda-feira, 31 de maio, serve para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. O cigarro pode causar desde a infertilidade em homens e nas mulheres, impotência, problemas de dentição, aparecimento de cáries, tártaros, halitose, olfato ruim e processos inflamatórios, até o envelhecimento da pele. O hábito de fumar tem relação direta com o surgimento de doenças cardiovasculares, porque quem fuma tem predisposição a ter infarto do miocárdio, angina, hipertensão arterial e derrame cerebral, doenças que matam milhares de pessoas todos os anos.
O médico pneumologista Dr Saulo Maia da Silva Melo lembra que o uso do tabaco também pode provocar sérios problemas relacionados aos pulmões e o desenvolvimento de vários tipos de cânceres. “Em relação ao pulmão, podem surgir problemas como bronquite crônica, enfisema pulmonar, fibrose pulmonar, infecções respiratórias e o que as pessoas mais temem: as neoplasias, os cânceres, que podem surgir em tudo que é lugar por onde o cigarro passe, desde a boca até a bexiga”, alertou
“Desde a cavidade oral, como câncer de boca, de língua, de laringe, de esôfago, câncer do aparelho digestivo como um todo, pâncreas, mama, colo uterino em mulheres, além do câncer de pulmão e até mesmo câncer na bexiga, onde os derivados químicos do cigarro são eliminados, temos visto muito câncer de bexiga relacionado ao tabaco. Portanto, ele causa um dano desde onde é inalado até onde ele é eliminado”, apontou Dr Saulo Maia.
Ele explica que o mal do cigarro é o efeito cumulativo, ou seja, a carga tabágica, que significa o número de cigarros que a pessoa fuma diariamente e por quanto tempo. Quanto maior for a carga tabágica, mais dano causa para o organismo como um todo. Em síntese: se a pessoa deixar de fumar, essa carga vai diminuir, mas se ela já fuma a muito tempo, provavelmente já tenha uma consequência no pulmão e em outros órgãos como um todo. Porém, se ele para existe uma estabilização, uma queda progressiva da reserva funcional desses órgãos.
“Nunca é tarde pra pessoa parar de fumar, por que quando ele parar, ainda preservará alguma reserva funcional do organismo, seja do coração, do pulmão, fígado, e assim por diante. Porém, alguns órgãos podem já estar danificados. Mas nunca é tarde para deixar de fumar. Tem que haver um incentivo, uma colaboração dos familiares, das pessoas mais chegadas, porque é um vício, é uma droga que causa dependência química, a depender da sua carga tabágica acentuada a pessoa terá dificuldades para parar”, explicou.
Dr Saulo lembra que é importante procurar um profissional da saúde, que é o médico pneumologista, que vai fazer um ckeck up pra analisar o estado geral daquele paciente, fazer um relacionamento comportamental cognitivo, prescrever medicamentos, enfim, direcionar o melhor tratamento,que pode contar também com o apoio psicológico, e orientações do serviço público, onde os pacientes podem procurar a secretaria de saúde do município para obter informações.