Apresentação será realizada no dia 8 de setembro no Teatro Atheneu

Em sua primeira versão musical desde que foi escrita em 1960, obra clássica de Nelson Rodrigues realiza sua primeira turnê visitando 3 capitais do Nordeste com patrocínio da Petrobras Distribuidora. A apresentação do espetáculo ‘O beijo no Asfalto’ em Aracaju será realizada no dia 8 de setembro no Teatro Ateneu.

“O Programa Petrobras Distribuidora de Cultura é uma seleção pública que tem como objetivo contemplar projetos de circulação de espetáculos teatrais não inéditos, em parceria do Ministério da Cultura. No último edital foram investidos R$ 15 milhões. Ao todo, foram escolhidos 57 espetáculos, representantes de todas as regiões do País, com apresentações em todos os estados.” Espetáculo tem canções de Claudio Lins, direção de João Fonseca, direção musical de Délia Fischer. Incensado com o título de maior dramaturgo brasileiro, Nelson Rodrigues é também considerado um dos pais do teatro moderno, o homem que elevou a arte teatral a uma categoria superior e que revolucionou essa arte, quando seu “Vestido de Noiva” chegou aos palcos. Dono de um olhar profundo sobre a fragilidade da natureza humana, Nelson legou à posteridade uma série de clássicos, dos quais “O Beijo no Asfalto” é, sem dúvida, um dos maiores destaques. Lançado em 1960, o texto foi adaptado dezenas de vezes para o teatro e em duas versões cinematográficas. Ao completar 55 anos, ele volta aos palcos em sua primeira versão musical.

A remontagem teve sua primeira temporada em Outubro de 2015 no Teatro SESC Ginástico, no Rio de Janeiro, curiosamente onde o texto foi apresentado pela primeira vez nos palcos, em 1961. Para criar as canções, o ator e compositor Claudio Lins mergulhou durante quatro anos em uma extensa pesquisa sobre a sonoridade musical dos anos 60, período em que se passa a trama, buscando um resultado que soasse vintage, longe da modernidade dos dias atuais. O resultado foi cerca de 20 canções, 15 das quais deverão estar no palco – executadas por uma banda ao vivo, com bases pré-gravadas que lembram o som dos rádios nos anos 60.”Não foi um trabalho fácil, foi um tanto de inspiração e um muito de transpiração” afirma Claudio, que garante que durante todo esse tempo jogou fora diversas canções que, depois de prontas, não se adequavam ao tema. Cauby Peixoto, Tito Madi, Vicente Celestino (um dos favoritos de Nelson), Orlando Dias, Roberto Silva, Nelson Gonçalves, Anísio Silva, todos eles foram fonte de inspiração.

“Especialmente Dolores Duran, cujo universo se encaixa perfeitamente com os personagens de Nelson”, . As novas músicas, aliás, serão intercaladas com trechos de algumas canções de época, cuja sonoridades ou temas são semelhantes. A ideia de transformar Nelson em um espetáculo musical surgiu em 2009 durante a temporada de “Gota D’Água”, outro texto emblemático dos palcos brasileiros, que tinha direção de João Fonseca e a presença de Cláudio no elenco. “Eu tinha visto a montagem de ‘O Casamento’, também do Nelson, dirigida pelo João, e comentei com ele que, como ator, tinha o sonho de montar um espetáculo do Nelson. E aí ele sugeriu fazermos um musical. Minha primeira reação foi de dúvida, mas depois de algumas conversas eu já estava levantando a produção”, lembra Cláudio.

Um especialista em Nelson Rodrigues, de quem já montou quatro espetáculos e que considera seu autor favorito, João Fonseca afirma que essa montagem do “Beijo” traz uma nova luz, uma cara nova ao texto. “O Beijo é muito marcante, já foi muito visto, por isso precisa de um diferencial. É um clássico, mas agora vamos contar a história de uma outra forma, subverter. E isso não é estranho, porque o Nelson tem uma musicalidade muito marcante, que é específica dele. Vamos pegar um texto que já é muito bom, que é redondo, e acrescentar, criar uma nova versão. Acho muito bom estar fazendo algo assim bem pessoal, marcante. O Nelson é exagerado mas é também engraçado, não deve ser feito como uma novela das 8”.

Produzida por Claudio Lins e Ana Beatriz Figueras, essa turnê de “O Beijo no Asfalto – O Musical” tem no elenco Claudio Lins no papel de Arandir, Thainá Gallo como Selminha, Luca de Castro, como Aprígio, Juliana Marins, como Dália, Claudio Tovar no papel do Delegado Cunha e Thelmo Fernandes interpretando o jornalista Amado Ribeiro. Completam o elenco Jorge Maya, Janaina Azevedo, Ricardo Souzedo, Gabriel Stauffer, Pablo Áscoli, Beth Lamas, Philipe Carneiro, Marcéu Pierrotti e Marina Mota.

Na ficha técnica, além de João Fonseca e Délia Fischer, estão Nello Marrese que assina os cenários, Luiz Paulo Nenén, a Iluminação, Claudio Tovar, os figurinos e Sueli Guerra na Direção de Movimento,entre outros. Nesta circulação o espetáculo contará ainda com tradução de LIBRAS e audiodescrição em todas as cidades, garantindo o acesso a portadores de deficiência auditiva e visual, além de se apresentar em teatros que ofereçam acesso a cadeirantes e seus acompanhantes.

Serviço:
Teatro Atheneu
Capacidade: 800 lugares
Endereço: Rua Vila Cristina, s/n – São José
Telefone: (79) 3179-1910
Dia e Horário: 8 de setembro de 2018, sábado, às 20h
Ingressos: R$ 25,00 (inteira), R$ 12,50 (meia) | www.guicheweb.com.br
Duração: 150 minutos com intervalo
Classificação Indicativa: 14 anos

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