O cantor Fábio Lima é um dos músicos mais requisitados em Sergipe há cerca de 20 anos, faz sucesso cantando Música Popular Brasileira, se consagrou abrindo os maiores shows no estado e agora durante a quarentena, o artista se reinventou e está bombando na internet realizando lives no Instagram todos os domingos com convidados especiais. Em entrevista especial, o músico recorda o início da carreira e fala de planos para o futuro.
Confira a entrevista na íntegra
OV-Como começou a sua carreira?
FL –Como na grande maioria das Histórias dos cantores e instrumentistas, o início de tudo se deu pelas missas de domingo e pelos grupos da renovação carismática. Esses lugares são sempre os primeiros a abrir suas portas para os iniciantes. Eles tem demanda, e nós, enquanto iniciantes, temos gás pra tocar. Os bares e os palcos seculares acabam sendo consequência desse inicio.
-Como você descobriu o dom de cantar?
Como sempre costumo dizer: isso pra mim não foi uma descoberta. É como se o cantar e o tocar, nunca estiveram fora da minha vida. Até onde a minha memória alcança, eu sempre cantei e toquei. Já vieram comigo de outros mares que naveguei.
-Quais foram os shows mais marcantes?
Difícil responder essa pergunta. Todos os shows têm seu lugar reservado na alma e no coração do artista. Desde o menor e mais discreto, aos maiores palcos e públicos. Já experimentei desses dois extremos, o amor que carrego pela Música e pelo Público me fizeram colecionar momentos maravilhosos de todos eles. A oportunidade de cantar, em si, já é um zênite, uma espécie de nirvana, por isso já trago em mim uma gratidão perene e imensurável.
-Como você avalia este momento de pandemia para os músicos?
Um momento de se reinventar, de se redescobrir, de enxergar com mais clareza aonde a luz se encontra. Entendo que a escuridão nos proporciona isso. É hora de provar que temos almas gigantes de artistas, momento de entender que nós somos um suspiro aliviado no pulmão ofegante da população aflita. Nós somos a ARTE!
-Você se reinventou e está fazendo lives de sucesso, como está sendo a aceitação do público?
Sempre fui um tanto cético com essas áreas virtuais e cibernéticas, gosto do calor do público, de ver o sorriso de satisfação no rosto da pessoa que delirou com determinada canção. Entretanto o ceticismo foi completamente descontruído pela generosidade, amor e carinho intensos que tenho recebido através das Lives. Uma onda de solidariedade e coletividade que eu nunca imaginei ter por esses meios. Consigo sentir através das palavras a energia intensa que emana das pessoas.
-E os convidados especiais??
A gente tenta agregar às Lives a energia de tantas parcerias que vivi, e ainda viveremos, nos palcos da vida. É uma maneira de torná-las mais atraentes, descontraídas, além de matar a saudade dos amigos e queridos parceiros de arte.
-Você sempre abre espaço na agenda para participar de shows beneficentes, não é?
Os shows beneficentes são necessários para manter a chama acesa na alma do artista. A música e a arte trazem na sua essência a doação. Cantar para ajudar é uma corrente mútua de revitalização. Eu sei e sinto que o maior beneficiado sou eu mesmo. A satisfação é indescritível! Quer saber mesmo como é? Tente você, que está lendo isso agora, experimentar fazer parte, do jeito que puder, de ações altruístas e beneficentes. Um dos lugares que mais me dedico é ao Externato São Francisco. Ali têm a água que minha alma sedenta precisa.
-Quais são os planos de Fábio Lima para o futuro?
Cantar sempre for possível!!! Quero terminar o meu CD, fazer mais shows nos teatros, mais aberturas, mais parcerias. Cantar, e cantar, e cantar… Música Pro Povo!!!
-Deixe uma mensagem para seus fãs…
Eu sou fã de vocês!!! A responsabilidade por manter a Arte viva e em ebulição é toda do público que nos confia seus âmagos. A Música que emociona é motivada por uma plateia. A única ocasião e as únicas pessoas para qual o artista deve se curvar na vida, é para uma plateia, para o seu público. Obrigado por nunca abandonar quem doa uma vida inteira para vocês. Já posso vislumbrar o momento em que estaremos juntos outra vez cantando bem forte e saudando a liberdade que vem da Música e de Arte. Mas por enquanto: FIQUE EM CASA!