O temporal que caiu sobre o Rio de Janeiro nos últimos dois dias colocou em risco milhares de obras do Museu Casa do Pontal, que possui o maior acervo de arte popular do Brasil. Segundo uma nota publicada nas redes sociais do museu, o local foi atingido pela pior inundação de sua história, tornando urgente a mudança para a nova sede prometida pela prefeitura.

“Mais de 300 obras foram retiradas das galerias, completamente alagadas. Outras 4 mil peças estão com alto risco de serem atingidas. Esse acervo, parte fundamental do patrimônio brasileiro, precisa ser salvo”, diz uma nota publicada nas redes sociais do museu.

As chuvas tiveram início na segunda-feira (8). Diversos bairros registaram recordes com precipitações acima de 300 milímetros em um período de 24 horas. Até o momento, dez pessoas foram encontradas sem vida.

De acordo com a nota divulgada, o museu tem enfrentado problemas com inundações desde o início da construção de um condomínio no seu entorno, autorizado pelo município. “A prefeitura reconheceu sua responsabilidade, cedeu um terreno na Barra da Tijuca e prometeu recursos para construção de uma nova sede. Mas há 20 meses a obra está parada, 70% pronta”, acrescenta o texto.

Em nota, a Secretaria Municipal de Cultura informou que pretende fazer uma reunião com integrantes do Museu Casa do Pontal e da Riourbe, “a fim de auxiliar na busca de soluções para o problema enfrentado pela instituição”. A secretaria informou que ofereceu à direção do Museu Casa do Pontal guardar o acervo da Cidade das Artes, “como reserva técnica”.

Localizado no bairro Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio, o Museu Casa do Pontal abriga uma exposição permanente com obras representativas das variadas culturas rurais e urbanas do país. Desde 2004, ele conta com a parceria institucional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O Museu Casa do Pontal foi criado pelo artista e colecionador de arte francês Jacques van de Beuque, falecido em 2000. Ele havia deixado a Europa em decorrência da Segunda Guerra Mundial e passou 40 anos viajando pelo Brasil para formar o acervo.

Fonte: Agência Brasil

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