Em 2022 foram registrados 36.753 casos de aids no Brasil, de acordo com dados mais recentes do Ministério da Saúde. O número representa um aumento de 20% quando comparado com 2020. Mesmo com todo o avanço na ciência e no tratamento, em 2022 foram 10.994 mortes tendo o HIV ou aids como causa básica. Por isso o assunto ainda é problema de saúde pública no país.

Para o tratamento, 5,6 milhões de novos medicamentos de dose única diária foram distribuídos aos estados pelo Ministério da Saúde. Eles são uma combinação inédita de dois medicamentos: os antirretrovirais dolutegravir 50mg + lamivudina 300mg. Antes esse tratamento era feito com combinações de várias medicações.

Inicialmente, o paciente precisa atender a alguns critérios para mudar a medicação, como ter a partir de 50 anos de idade; adesão regular ao tratamento; carga viral menor que 50 cópias no último exame — e ter iniciado a terapia até 30 de novembro de 2023.

Acompanhamento

Além dos cuidados com a saúde em geral, como manter a vacinação em dia, alimentação equilibrada e fazer atividade física, a infectologista Ana Carolina D’Ettorres fala sobre o maior cuidado que a pessoa que vive com o vírus deve ter.

“É justamente tomar a medicação adequada e contínua. São raríssimas as situações em que é suspensa a medicação hoje em dia e isso deve ser acompanhado de perto por um infectologista, mas se você inicia um tratamento de forma regular, contínua, com acompanhamento de um profissional de saúde, a pessoa que convive com o HIV vai ter uma qualidade de vida melhor ou igual às pessoas que não vivem com o HIV”, comenta.

O ativista Christiano Ramos, de 56 anos, fundador da ONG Amigos da Vida, teve o diagnóstico do HIV em 1988, aos 18 anos.

“No ano de 1994 eu fui um doente terminal de aids e consegui sair do quadro porque naquele ano tinha surgido as primeiras medicações do HIV. O que eu diria é que viver com aids é possível  — e que não é mais uma sentença de morte, é apenas uma limitação de vida, mas é uma doença crônica tratável como qualquer outra”, relata.

Em 2023, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 1,8 bilhão em medicamentos contra o vírus, como parte da estratégia da pasta para eliminar o HIV como problema de saúde pública.

Fonte: Brasil 61

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

  • Inflação usada para cálculo de reajuste de salário é de 4,77%

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de dezembro [...]

  • Governo de Sergipe lança edital para contratação de professores de Libras na rede estadual

    O Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da [...]

  • Prefeitura de Aracaju instaura auditoria na Maternidade Lourdes Nogueira após indícios de superfaturamento no contrato da empresa gestora

    A Caixa Preta da Prefeitura de Aracaju foi aberta. Nesta [...]

  • Sustentabilidade: Projetos que visam preservação ambiental podem contar com linhas de crédito oferecidas pelo BASA

    Atento ao compromisso de preservação da Amazônia, assim como da [...]

  • Carteira de Identificação da Pessoa com Diabetes será auxílio em atendimentos médicos

    Foi sancionada a Lei Nº 9.586, de 06 de janeiro de [...]