A doença do pé torto congênito envolve ossos, músculos, tendões e ligamentos, atinge uma a cada 1000 crianças recém-nascidas em Sergipe. Apesar de ser uma doença comum, os estudos sobre ela ainda não conseguiram definir a sua causa.
“Ainda estão sendo realizadas pesquisas para esclarecer sobre as causas do pé torto congênito, há hipótese de fatores hereditário e ambiental. Os estudos também apontam que se um irmão tem a doença, a probabilidade do outro nascer com a mesma condição é muito alta”, explica o ortopedista Rafael Gonçalves.
O pé torto congênito possui diferentes tipos e graus de deformidade. O filho da empresária Marilene Santos recebeu o diagnóstico ainda na maternidade e, após o tratamento, começou a andar aos dois anos. “Meu filho nasceu com os pezinhos para dentro, e foi ainda na maternidade que o médico diagnosticou a doença. Claro que tomamos um susto. Hoje, ele tem quatro anos, mas na época foi um sofrimento para toda família, porque aqui é muito quente e o tratamento foi feito com troca de gessos. Meu filho só começou a andar depois dos dois anos de idade”, lembra.
O ortopedista esclarece que, quando o tratamento tem início já nas primeiras semanas de vida da criança, as chances de ela levar uma vida completamente normal são grandes.
“O ideal é que o tratamento seja iniciado nas primeiras semanas após o nascimento, para que possamos fazer a correção com manipulação ativa dos pés e o uso de gessos, trocados periodicamente. Nessa fase, uma pequena cirurgia pode ser necessária para alongar o tendão de Aquiles. Se a criança for tratada de maneira correta, apresentará resultados positivos e levará uma vida completamente normal sendo capaz de realizar atividades como caminhar, correr e nadar”, comenta.