O projeto de Lei do Combustível do Futuro, assinado recentemente pelo presidente Lula e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem como meta descarbonizar a matriz automobilista nacional. Espera-se que o PL também ajude a alavancar o setor mineral do País, em especial o segmento de minerais críticos. A demanda por estes minerais tende a crescer cada vez mais para aqueles que desejam rumar para a transição energética por meio da produção de baterias elétricas. O Brasil é um dos grandes detentores desses elementos.

Os minerais mais utilizados serão o lítio, níquel, manganês, cobalto e óxido de alumínio. Um estudo do Banco Mundial mostrou que a demanda mundial por lítio deve aumentar em quase 1.000%. O metal leve tem alto potencial eletroquímico e uma boa relação entre peso e capacidade energética. O lítio que é detectado em solo brasileiro, o espodumênio, é considerado de boa qualidade. O lítio pode ser encontrado atualmente no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais; na província de Borborema, localizada entre os estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará e na província de Solonópole, também no Ceará. Os recursos e reservas de todos esses locais somam mais de 1 milhão de toneladas, posicionando o Brasil como a 7ª maior reserva do mundo. Atualmente, a produção brasileira é de 2.200 toneladas ao ano, a 5ª maior mundial, mas com a produção das novas empresas de lítio no Brasil o país poderá alcançar a 3ª colocação no mundo, o que atenderá à demanda crescente da frota de carros elétricos no país.

A estimativa do Banco Mundial é de que o cobalto cresça 500% até 2050, sendo que o Brasil detém reservas de cerca de 70 mil toneladas. Em 2019, o País produziu 30 toneladas de cobalto como coproduto da produção de níquel. No entanto, já existem novos projetos de níquel com cobalto associado em fase de licenciamento ambiental para produção do mineral. A expectativa é que novos investimentos em pesquisa mineral aconteçam nesses bens minerais com o PL do Combustível do Futuro, além do aumento dos veículos híbridos e elétricos.

Combinado ao lítio e ao cobalto, o grafite também estará presente na maioria das baterias de carros elétricos. A demanda pelo grafite deve aumentar em 383% até 2050. A reserva brasileira abrange 22% do total mundial, com 74 mil toneladas. Atualmente, a produção compreende 7% do montante global. Já o níquel, segundo material mais utilizado na produção de baterias, também tem boas reservas em solo brasileiro. 16% do mineral encontrado no mundo está no Brasil, que já conta com uma produção de 83 mil toneladas ao ano. A demanda pelo material deve aumentar em mais de 100%.

Com uma reserva grande de diversos minerais, incluindo os fundamentais para a transição energética, o Brasil avançará nas exportações de matérias-primas. A meta do Governo Federal é alavancar, também, a cadeia de refino e beneficiamento desses elementos, trazendo mais empregos e crescimento econômico para o país de forma ambientalmente sustentável.

Fonte: Brasil 61

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