Talvez poucas pessoas saibam, mas o descuido com uma simples cárie dentária pode provocar o desencadeamento de problemas sérios de saúde, como doenças cardiovasculares (endocardite bacteriana, AVC e Infarto), doenças pulmonares (Pneumonias bacterianas, abscessos), partos prematuros e baixo peso ao nascer, Alzheimer e interferência no controle da glicemia. Uma dieta rica em carboidratos, uma má escovação e o não uso de dentifrícios (pasta de dente) com flúor, são atitudes propícias para o surgimento manchas brancas ativas, o que caracteriza a fase inicial e reversível da cárie.

“Se não houver tratamento inicial, a mancha branca ativa, que é reversível, progredirá para uma cavidade (um buraquinho), onde nessa fase de cavidade a progressão da lesão é muito mais rápida por ser um tecido mais orgânico (menos mineralizado). Dessa forma, se não for realizada uma restauração, a cárie pode atingir a polpa do dente (3ª camada mais interna do dente) que já envolve um quadro endodôntico (canal) associado (dor, abcesso, etc)”, explica a Cirurgiã- Dentista e Doutora em Odontopediatria, Flávia Fontan Roriz.

Flávia Fontan Roriz, Cirurgiã- Dentista

O diagnóstico é realizado pelo cirurgião-dentista após uma limpeza das superfícies dentárias e auxílio de uma boa iluminação. Existem vários padrões de avaliação de cárie, porém o mais indicado atualmente é o ICDAS (Sistema Internacional de Detecção e Avaliação de Cárie). É um sistema internacional de detecção e diagnóstico de cáries. Além da avaliação clínica, o profissional pode lançar mão de exames complementares como radiografias interproximais, entre outros, objetivando aumentar o diagnóstico mais precoce da doença.

“Estudos apontam que o uso de exames complementares, quando indicados, aumentam em até oito vezes as chances de diagnosticar a doença cárie, facultando ao profissional a indicação ou não desses recursos a depender do perfil clínico de cada paciente”, explica Flávia.

Fatores de risco

Antigamente, acreditava-se que a doença cárie fosse transmissível, o que hoje é uma grande inverdade. A bactéria até pode ser transmitida de outra pessoa para o bebê, inevitavelmente, mas não será o fator determinante para que ele tenha a cárie. “É necessária que se tenha uma alimentação rica em açúcares, uma má higienização bucal e o não uso de flúor, para que ocorra o desequilíbrio bucal e assim surge a lesão cariosa inicial. Portanto, o controle dos hábitos higiênicos, hábitos alimentares e consulta regular com o cirurgião-dentista são fundamentais para a prevenção da doença”, destaca a dentista.

Segundo ela, a visita regular ao dentista, de seis em seis meses, é importante, mas o tempo entre consultas para a assistência odontológica é dinâmico, variando de acordo com a necessidade de cada indivíduo. “Uma criança com alta atividade de cárie, dificuldades no controle da higiene bucal e uma dieta rica em açúcares, necessita de retornos mais curtos, visando construir novos hábitos e evitar aparecimento de novas lesões cariosas”, complementa.

 

 

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