
Salário parcelado de setembro a novembro, o mês de dezembro? A proposta é que seja parcelado em 20 vezes, um ano e oito meses recebendo parte do salário de um mês. Os professores da cidade de Riachão denunciaram ao CINFORM como a educação da cidade está.
A delegada do SINTESE municipal, Josefa Silveira Alves, contou ao CINFORM que a crise financeira que afeta a educação começou ainda na gestão passada. Dezembro de 2016 também foi um mês complicado para os professores da cidade, o salário ainda não foi pago completamente, a última vez foi em julho de 2017 na nova gestão com a prefeita Gerana Costa.
“A gente já vem com o parcelamento de salário em setembro, o mês de setembro foi pago em três parcelas e os demais continuaram parcelados. Não pagou dezembro”, disse.
Josefa também destaca que a situação está difícil para alguns professores. “Tem professores em Riachão que estão passando fome. No último ato distribuímos cesta básica. Porque tem empréstimo e quando chega no final do mês não tem dinheiro para parcela e começa a correr juros”.
A prefeitura
A prefeita Gerana Costa nega que houve parcelamento do salário dos professores, porém afirma que o mês de dezembro está atrasado. Gerana explica que o atraso é por causa de uma dívida de mais de 51 milhões de reais da última gestão.
“Nossa dificuldade é com o salário de dezembro, eu desconheço qualquer outro tipo de salário atrasado na minha gestão”, afirmou Gerana.
Duas Praças
Após alguns atos do SINTESE na porta da prefeitura da cidade de Riachão, foi solicitada uma liminar proibindo manifestação a 50 metros do prédio da Prefeitura e a 200 metros de ambientes hospitalares.
Josefa Silveira Alves, representante do SINTESE, comenta que a liminar impede os atos do SINTESE que cobram pela regularização do salário. Vale lembrar que Riachão do Dantas só possui 528,4 km².
“Riachão é uma cidade muito pequena, é basicamente duas praças, então se você pensar na logística eu não posso fazer ato porque para onde a gente for encontraremos um prédio e sofreremos as sanções”, destacou.
Gerana Costa destaca que o pedido de liminar se deu devido a um dos protestos, no qual houve vandalismo. “Entramos com a liminar, mas não para impedir os atos e sim, evitar o que ocorreu em um ato. Quando membros do SINTESE tentaram destruir o prédio da prefeitura, batendo na porta com gritaria, palavras de baixo calão. Então a gente pediu o direito dos servidores municipais poderem trabalhar”, comentou a prefeita.