Cerca de 60 representantes de sindicatos de trabalhadores e da classe patronal discutiram a liberdade, diversidade e prática de atos antissindicais em audiências públicas na manhã desta sexta-feira (19). Os debates aconteceram no auditório do Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE) e foram conduzidos pelo Procurador do Trabalho Ricardo Carneiro. O objetivo foi ouvir os representantes, para compreender suas dificuldades e encontrar caminhos para promover e garantir a liberdade e diversidade sindical. “A ideia é conhecer a realidade dos sindicatos e auxiliá-los nas buscas de medidas exitosas. Para isso, o MPT desenvolve projetos, com o propósito de apresentar à sociedade o que o movimento sindical faz. Um deles, que trata de Sindicalismo e diversidade, tem por finalidade demonstrar as boas práticas dos sindicatos no campo da inclusão e da diversidade”, explicou o Procurador.

Desafios

Durante o encontro, representantes de sindicatos tiveram oportunidade de falar sobre os desafios enfrentados. A professora Fátima Andrade destacou as consequências da Reforma Trabalhista. “Depois da Reforma, não ficou fácil, porque sem imposto, sem receita, praticamente o mundo sindical fechou as portas e a gente sabe que isso é a verdade”, lamentou.

Rogério Tude, assessor do Sindicato dos Trabalhadores em Hotelaria, Restaurantes e Refeições Coletivas de Aracaju (Sindhotre) comentou as dificuldades na atuação sindical. “A prática sindical existe, nós somos um sindicato combativo e atuante, mas existem barreiras todo santo dia.  E essa prática precisa ser banida aqui no estado de Sergipe, porque o movimento sindical é a única ferramenta que a classe trabalhadora tem para buscar os seus direitos”, ressaltou.

As práticas antissindicais foram debatidas durante as audiências e relatadas pelos participantes. Alguns chegaram a se emocionar quando mencionaram tais práticas, em diversas áreas de atuação.

Os representantes parabenizaram o MPT-SE pela iniciativa em reunir uma pluralidade de categorias. “O Ministério Público do Trabalho hoje nos deu aula de democracia. Muita coisa cria dificuldade para a atuação dos sindicatos. Nós, sindicalistas, em alguns momentos, pensamos até em desistir por tanta repressão, por tanta narrativa que derruba a defesa do trabalhador”, disse José Alberto Calasans, representante do Sindicato dos Trabalhadores em Sindicatos, Federações, Associações (Sintes/SE).

Fernando Antônio, integrante do Sindicato dos Psicólogos e Psicólogas de Sergipe, acredita que os debates promovidos no encontro podem render bons resultados. “Espero que essa audiência reverbere no cotidiano dos sindicatos, para que realmente haja alguma melhoria na nossa vida, enquanto sindicalistas e na sociedade como um todo”, frisou.

O Procurador do Trabalho Ricardo Carneiro considerou as audiências bastante produtivas e já convidou as entidades sindicais para um novo encontro, no mês de Maio, quando outros aspectos da atuação sindical devem ser discutidos.

Fonte, Ascom – PRT 20

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