
Muitos buscam a “valorização”, mas poucos têm podem emplacar
Quando determinado agrupamento político começa a preparação para uma eleição, e quando ele pode apresentar alguns nomes como “alternativa”, ele utiliza a estratégia de lançar vários deles com o intuito de confundir, mas não o eleitorado, e sim a oposição. É uma estratégia inteligente porque os adversários ficam sem um “foco” para as críticas e cobranças, mas ao mesmo tempo dá para ir “testando” a opinião popular, de quem vota e decide pleito, para avaliar qual o nome mais competitivo para disputar aquela eleição.
O governador Belivaldo Chagas (PSD) iniciou uma gestão com seu antecessor, Jackson Barreto (MDB), deixando o cargo bastante desgastado junto ao eleitorado sergipano. Mais ainda quando ele declinou do cargo para disputar uma eleição em 2018, quando havia assumido um compromisso público de que não seria mais candidato a cargos eletivos. Apesar da vitória “acachapante” em sua reeleição, o “galeguinho” tem o reconhecimento de alguns e também é muito criticado por outros.
Mas, apesar de não fazer um “governo dos sonhos”, com boa aprovação popular, Belivaldo vai fazendo o “arroz com feijão” sem comprometer sua sucessão: vai ficar até o final do mandato, não disputará cargos eletivos, mas deverá eleger o próximo governador. Tem contra si uma oposição muito vaidosa e “fragmentada”. Isso já vem sendo dito por este colunista desde o resultado trágico da eleição de 2018. Uma turma não se une de jeito algum e outra apenas “finge” ser oposição, mas não resiste a um “cafezinho no Palácio”…
Hoje o nome mais cotado para disputar essa sucessão é o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD), que além da base governista, já andou “namorando” com membros do DEM, PSDB e do PSC; apesar de ter várias indicações na estrutura da administração estadual e ainda ser “aliado” do governador, o senador Rogério Carvalho (PT) tende a ser o candidato natural da oposição, possivelmente em sintonia com o PSB, até pelo projeto nacional, da eleição para a presidência da República.
Agora como o “martelo não foi batido” pelo nome de Fábio Mitidieri, outros nomes estão sendo colocados por setores da imprensa e até por membros do próprio agrupamento governista. Fala-se no prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT); no deputado federal Laércio Oliveira (PP); no deputado estadual Luciano Bispo (MDB); e até do conselheiro do Tribunal de Contas e ex-deputado Ulices Andrade. Todos esses nomes circulam nas rodas políticas do Estado…
A coluna não vai antecipar essa análise agora, até porque ainda é muito cedo, considerando que a eleição será apenas no próximo ano, mas como o próprio governador já sinalizou que quer a definição da chapa entre setembro e outubro próximos, o titular deste espaço conclui muitos que se colocam aí apenas buscam a valorização para disputarem outros cargos eletivos. Para “emplacar” uma candidatura majoritária é preciso mais que o “nome”, mas estrutura financeira e política, ou seja, precisa ter grupo…